terça-feira, 5 de junho de 2012

E3 – Um resumão do primeiro dia.

 

Hoje começou a E3 – a maior feira de tecnologia e games do mundo, que algum dia terá minha presença ao vivo e a cores, mas por enquanto no streaming lerdo e paciência de jó.

Foi minha primeira vez, e se quase desanimei no começo, as últimas duas conferências valeram a pena.

MICROSOFT E AS REVOLUÇÕES POR SEGUNDO.

Quando Bill anunciou o X-BOX, ele disse que esse era o futuro do consoles e incrivelmente quase todo mundo tem um PS2, mas ninguém tem o primeiro X-BOX. Quando há dois anos atrás KINNECT surgiu, o futuro dos consoles tinha surgido novamente, entretanto ele continua limitado aos jogos de dança. Mas eles não desistem… ano passado foi a voz, e agora querem utilizar o KINNECT para integrar computadores, celulares e todos os aparelhos eletrônicos possíveis que não sejam da SONY. É uma ótima ideia, como todas as anteriores… vamos ver se funciona direito.

Mas diga-se de passagem a política de trabalho da Microsoft com X-BOX é bem melhor que a da SONY. Tanto é que os anos passam e mais pessoas aderem ao X-BOX do que o Playstation, mesmo que X-BOX Live seja um roubo, enfim…

Nada contra o seu Bill querer revolucionar a cada E3, mas eles demoram demais com essas ideias… quase nos esquecemos que tem games também.

Halo 4, foi a estrela mas não apareceu tanto:

A apresentação dos games foi imensa e passamos por Fable, Fifa 13, Forza Horizon, Dance Central, South Park (para mim continua sendo a bomba dos mundo dos games) e três jogos novos deram as caras: Ascend – New gods, que me lembra uma mistura de Lord of the rings com Shadow of the colossus + God of war; LocoMoto que parece ser uma moto (?) e o intrigante projeto de Gore Verbisnky, Matter que é no mínimo estilizado. Ainda o novo Gears of Wars, para explorar até o osso a franquia.

No mais as atenções foram para jogos que nós já conhecíamos e não são exclusivos de X-BOX.

TOMB RAIDER mostra que a luta por sobrevivência será realmente difícil no jogo, e apesar de ter criado esse gênero parece claro que o reboot bebeu litros da estética de Uncharted:

 

E apesar das promessas de que Resident Evil 6, seria mais votado para o survivor horror, quem realmente acreditou nisso? Leon que teria a parte mais “aterrorizante” está matando um campo de futebol e correndo apocalipse no gameplay… mas vai ser bem divertido.

E encerrando o gameplay de Black Ops 2, dá mais daquilo que o fã de Call of Duty quer. Explosões, a tela cheia de coisas e mais armas. Só que agora no futuro com mais geringonças estranhas.

 

EA E A VINDA DE UM NOVO SALVADOR DA HUMANIDADE, LEONEL MESSI.

A EA já foi bem melhor antigamente, desde que criou o maldito online pass e os quase 900 reais para se ter todas as DLC’s o Mass Effect 3… caiu muito no meu conceito. Só consegue perder para o DLC no disco da Capcom, o que me revolta imensamente. Enfim… além disso, o cara que apresentou Fifa, além de passar mais de  1/2 hora falando que a versão 2013 vai revolucionar de novo o simulador de futebol (conversa) quase rezou um credo para Leonle Messi, só faltou chamar de salvador.

Enfim NFL vem com uma novo sistema de peso nos jogadores para revolucionar, FIFA vem com um sistema para deixar o controle da bola mais difícil. Battlefield 3, terá cinco pacotes de expansão e uma conta premium para você que tem dinheiro ter armas novas, veículos novos e detonar qualquer um que pense jogar on-line principalmente se for pobre. Mais conteúdo para Star Wars On line, e eles compraram os direitos do UFC, ou seja, agora a chance da série regredir é grande.

A coisa boa foi o Crysis 3, Medal of Honor não compete com os concorrentes mas tenta e o novo SinCity parece ser muito bonito… mas o que realmente importa é Dead Space 3, e adeus Survivor horror mesmo, venha bichões enormes. Chore colega da velha guarda que ama Silent Hill, mas que está legal está:

 

UBISOFT SALVA MINHA IMPRESSÃO DA E3

Se é pra cena novas somente eu ia jogar, ver um filme ou ler um livro. A EA quase me matou.. ainda bem que eu continuei e vi a presentação engraçadíssima e bem conduzida da UBISOFT.

FarCry 3 está muito bonito e a viagens da droga que o protagonista experimenta prometem ser bem interessantes. Rayman Legends parece ser bem legal, só que essa interatividade com o Wii U ue basicamente dá todos os movimentos na tela me deixou com um pé atrás. É como o Uncharted no Vita que basta desenhar o percurso que o Drake. Qual a graça?  Splinter Cell que já tinha aparecido antes parece bem legal e Assassins Creed III tem uma dinâmica muito boa  diferente dos outros jogos a primeira vista.

Mas o grande ponto da E3 atéo momento foi a revelação esse jogo, que deve ser extraordinário se for um mundo aberto com essa dinâmica proposta, é um grau de detalhe muito grande:

SONY – QUASE NADA FOI VISTO, POIS UMA TEMPESTADE ME DEU PROBLEMAS POR UMA SEMANA (DESABAFO)

Eu acabei não vendo a apresentação da Sony, por alguns motivos, mas sei que o Vita não vai baixar de preço :( E acabei conseguindo ver as duas coisas mais importantes: O novo jogo dos criadores de Heavy Rain, o título será BEYOND – TWO SOULS. e finalmente um gameplay de LAST OF US que ganha no contexto de realidade do Watch Dogs.

Foquei sabendo em replay, do divertido PLaystation All stars, que Assassisn Creed III, terá uma versão com uma garota para Vita e um gameplay ainda mais impressionante e que Kratos apareceu novamente com novos movimentos e ainda mais fantástico. E a lá Microsoft, a Sony quer enfiar o Move de qualquer jeito, pois fizeram um jogo que quer o público do Harry Potter.

O que importa mesmo é que o BEYOND tem um premissa muito interessante que mexerá com a vida após a morte (no fundo, no fundo …medo!), tem elementos sobrenaturais, a Ellen Page no papel principal e a captura de movimentos faciais dos atores está mais perfeita que L.A.Noire:

Agora História LAST OF US com certeza terá, personagens envolventes também pois só nesses 7 minutos você já vai conhecer os dois protagonistas do game, a bela engine de Uncharted 3 e..o que realmente chama a atenção são as lutas e reações dos personagens do jogo. Com certeza se esse for o gameplay do jogo inteiro a Naughty Dog deu mais um passo na técnica:

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Games: Mass Effect 3

 

Mass-Effect-3-PS3 Esse ano teremos o reboot de Tomb Raider, o novo Bioshock com uma estética diferente, Resident Evil roubando as expectativas no final do ano e um Last of Us que inspira a curiosidade de todos. Entretanto o primeiro grande jogo da expectativa saiu a pouco menos de um mês e já comprovou sua qualidade esperada, encerrou uma das trilogias mais originais e inovadoras dessa nova geração de games e, sobretudo criou um grande polêmica em torno de seu final, que para a legião de fãs foi aquém do esperado.

Já adianto que eu gostei do final, mas entendo os motivos de quem não gostou também. Mas não adiantemos tanto. O que é Mass Effect na verdade?

Mass Effect é uma game que conseguiu conciliar a personificação própria de jogos de RPG, com uma estética de Ação que lembra o FPS (first person shotter) lá em 2007 quando o primeiro exemplar foi lançado. Os elementos de RPG estão contidos no xp que você recebe e pode evoluir seu personagem para onde quiser, além da customização e vários outros elementos para dar poderes específicos a você e seus aliados. O FPS é mais similar ao que se vê em Dead Space, pois o ponto de vista é sempre na costas do personagem, mas não chega a ser em terceira pessoa (eu tenho um problema com essa definição mas algum dia eu defino melhor)

mass-effect3

Entretanto existe um terceiro elemento para se entender a jogabilidade inovadora da série que é o que realmente a torna genial, pois o RPG + FPS simplesmente seria um RPG com mais ênfase na ação. O terceiro elemento é a possibilidade de se relacionar com outras pessoas pelos diálogos. Basicamente Mass Effect é um game em que você constrói um personagem com suas ações, mais do que customizar a aparência e os poderes que ele tem, você tem, nos diálogos, o poder de construir uma personalidade que vai do cara mais sábio (o parragon) ao mais bruto (o renegade), o quanto você será mais parragon ou renegade está nas suas escolhas e, por vezes a maneira como você se comporta, causa pequenas mudanças na narrativa que não é tão aberta como se pensa, mas o caminho até´lá sempre pode ser diferente, inclusive quem vai chegar ao final. No primeiro jogo, por exemplo, você tem que obrigatoriamente sacrificar um de seus colegas para vencer. E isso é tão bem construído que você acaba se afeiçoando a todos os personagens da saga, inclusive ter romances (com cenas de sexo) no decorrer da narrativa, o que gerou indignação e protesto das elites conservadoras em 2007.

Tudo isso somente para explicar como se brinca. A história que é parte mais importante é o ápice da subtrama desvendada nos primeiros jogos: É 2186 e os seres humanos conquistaram o espaço, não por seus próprios pés mas achando uma tecnologia de uma raça primitiva extinta, os protheans, que está espalhada pela galáxia: Os mass relay.

Mass_Relay_Generic_ME2

Basicamente é um estilingue que lança as naves de galáxia a galáxia, criando uma grande rede pelo Universo conhecido. Você é o comandante John Seppard que conhece a verdadeira história por trás dessa tecnologia, pois os dois jogos mostram que esse artefatos na verdade são uma armadilha de uma outra raça, os Reapers, seres sintéticos que ficam adormecidos no espaço profundo por 50.000 anos e dominam  essa tecnologia, elas a deixam ativa para concentrar todos os povos do espaço o seu redor, pois eles se alimentam de matéria orgânica, e cada 50.000 anos eles acordam para exterminar (comer) a vida orgânica. Estamos no final do ciclo e jogo começa com Sheppard tentando convencer o conselho da terra que eles tem se unir contra o inimigo o quanto antes. Contudo os Reapers atacam, agora você  e sua nave tem que unir as raças do Universo para resistir ao Reapers, a tarefa não será fácil pois ao estilo Babylon 5: Todo o mundo se odeia. Aqui entra a importância das escolhas de discurso e ações, uma palavra errada e você perde um aliado; uma decisão equivocada e você põem um civilização em risco.

Esse é um jogo que você tem que saber muito bem inglês ou vai boiar na história (e ela é complicada)  e cometer ações erradas. Com esse resumo você não precisa tecnicamente jogar os dois primeiros, pois há também um resumo antes do início do jogo, mas se possível vá atrás pois é uma história muito bem construída com personagens cativantes. Com relação ao final, a Bioware tomou uma decisão de risco como sempre fez na série: Se no primeiro essa mecânica foi criada e você tinha que sacrificar um de seus amigos para ganhar, se no segundo eles tornaram a história totalmente não linear com a extinção de uma civilização inteira ao seu final, aqui além de tudo isso eles quebraram uma regra dos games: O boss final, que basicamente não existe.

Dentre as reclamações a respeito uma essa, pois você se prepara para uma guerra reunindo várias raças a seu redor, mas acaba brigando muito pouco dela: Sua única missão é a final, e o mais próximo de um boss é uma horda incansável de inimigos por quase vinte minutos e você tem que sobreviver. Mas depois de tanto tempo lutando junto com seus amigos, você fica sozinho, a beira da morte pelo ocorrido encarando uma entidade e pelo diálogo você vai chegar em opções que podem selar o destino de todos. Aí o pessoal que estava esperando pegar armas pesadas, destruir naves e um super-boss que iria exigir todas as habilidades, vai se decepcionar, pois isso não existe, o final do jogo é puramente sentimental ainda seguindo os extremos do parragon e do Renegade. Com certeza é um grande choque jogar 35 horas, lutar contra hordas para decidir o destino do universo num jogo de retórica, entretanto dentro da história contada e como ela foi contada: FAZ COMPLETO SENTIDO.

As outras reclamações tem dois tipos, os fãs hardcore que tem um vinculo sentimental muito grande e os fanboys completamente sem noção. O primeiro tem seu valor por prestar atenção na história, e querer saber o que aconteceu com os outros personagens. Pois a partir do momento que você se separa do seu grupo, você não sabe o que aconteceu: Se eles sobreviveram sim ou não apesar que dentro da narrativa faça sentido afinal o foco, e ponto de vista, são sempre seus. Não é pedir demais que deem um fim a todos os personagens da história.  Os fanboys sem noção querem mudar tudo, arranjam detalhes mínimos para questionar a narrativa dos últimos 15 minutos e queriam em vez de escolher, meter uma bala na entidade que se revelará ao final e sobretudo, um final feliz com todo mundo se abraçando, rindo, etc…

A Bioware no momento  trabalha num DLC para “consertar” o final de ME3, o que eu espero que seja somente adicionar novas animações e fins para todos os personagens pois mudar o final é abrir um precedente muito perigoso e nada artístico para o que Mass Effect foi originalmente. Se você ficou triste, com raiva e chocado com o final é por que tem que ser assim. Eu joguei o jogo imaginando que toda a situação que se desenrolava ao meu redor, só podia acabar com muita dor e não tão heróica como em outros jogos. Eu entrei na história encarando os meus discursos como certo: Hoje nós vamos retomar a Terra de volta, custe o que custar.

Imagine se System Shock 2, que causou revolta e choque na época que foi lançado tivesse um outro final somente por reclamação? Para quem não conhece System é um jogo de tiro do final de década de 90, muito bom, que no final se descobre que na verdade você trabalhava para o vilão e você é o cara mal. Marcou uma geração e influenciou muito os finais sombrios que ainda não atingiram o máximo de sua exploração, pois hoje nós jogamos jogos sabendo que vamos  atingir o objetivo inicial de um jeito ou de outro, e se algum dia um jogo apresentar uma ideia  que mostre que não importa quanto nós tentemos vamos perder? Atiramos o console pela janela mesmo se o caminho percorrido leva a isso? Pois é o que acontece aqui e eu acho que o mais importante num jogo é o caminho, se não iriamos direto para o boss final testar nossas habilidades ao extremo. Em uma ponta já tivemos quem fez isso: Shadow of the colossus é boss atrás de boss, mas de uma maneira genial e emotiva. Mass Effect é a exclusão do boss, e de uma maneira genial também.

Nota: 9,5 (tem muitas partes que a imagem trava, podia ser mais polido nessa parte técnica, como narrativa já entrou para história)

Eis o trailer e é tudo gameplay

Take Earth Back!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Gêmeos: Invenção de Hugo Cabret – Martin Scorsese

 

invenção de hugo cabret Há alguns anos saia eu do cinema com meus melhores amigos da sessão de Os Infiltrados, sabendo que tínhamos visto um dos filmes mais chocantes daquele período. Naquela época eu nem sabia quem era Scorsese, só tinha uma vaga ideia, devo confessar que foi um dos últimos grandes cineastas que eu acabei conhecendo na minha formação e foi com Touro Indomável que eu constatei que ele era gênio, mas enfim naquela tarde estávamos procurando algum “destruidor de neurônios” para assistir, e ainda bem que o acaso/destino me fez assistir o filme, entretanto se alguém virasse para mim e me dissesse que Martin estava para fazer um filme infantil eu riria em alto e bom som.

Hugo Cabret é diferente de tudo que o cineasta fez até o momento. Me parece tão diferente dos mundos de violência, sombrios e grossa ironia que só acredito quando vejo o crédito nos letreiros. Isso não é um crítica, muito pelo contrário dos indicados a melhor direção ao Oscar eu acho que quem mais merece ganhar é ele, isso porque até para quem não consegue ver em 3D como este que vos fala, consegue perceber a cinematografia que explora a profundidade das sequências, mais do que quando jogam coisa na tela… mas nem vou entrar muito nesse assunto pois eu realmente não consigo Ver em 3d.

Mas devemos dividir os créditos aqui, se Martin faz uma direção exemplar, o roteiro de John Logan em suas modificações e aprofundamento do original é extraordinário, e com certeza a história original é uma obra-prima que dificilmente sairia alguma coisa ruim, mesmo se Joel Schumacher fosse diretor… em talvez ele fizesse algo bem ruim, não devemos desconfiar desses seres, mas chega de digressões; Hugo Cabret traz uma história simples, mas ao mesmo tempo encantadora e genial pois mistura fantasia com realidade, a mais pura aventura com a história do cinema.

Numa estação de trens do começo do século, um menino vive roubando para sobreviver.Seu nome é Hugo e ele perdeu recentemente o pai, sendo que consertar a máquina que seu pai trabalhava é o única motivação de sua vida. A máquina é autômato, pois apalavra robô só surge ne década de 50, ele tem um lápis na mão pronto para desenhar e um buraco de chave em suas costas pronto para revelar o segredo. Hugo rouba peças de um senhor para consertar o autômato e ao começar a se envolver com ele e sua neta vai descobrir o segredo por traz do robô, os primórdios da sétima arte e a chave da fantasia.

O livro é uma obra-prima pois ele foi construído metade como um romance e metade com ilustrações, tudo isso intercalado não por capricho do autor, mas de uma maneira que enriquece a história que Hugo precisa desvendar. O grande desafio da transposição é ignorar toda a forma original e se concentrar na história, que por si só seria muito simples. O roteiro cria personagens, histórias paralelas de emoção ou mesmo de aventura para transportar ao cinema, e a parte mais clichê do romance foi ligeiramente modificada, mesmo que ainda pareça clichê no final mas é melhor construída para o cinema.

Mas o melhor é perceber que o estranhamento que o livro gera em seus leitores, também é transportado pelo cineasta que nos entrega a princípio um filme infantil, mas conforme avançamos percebemos que a história vai se tornando mais adulta com o conhecimento adquirido. A história de Hugo deve e vai encantar mais os adultos, mas sua forma é inocente como a de um filme infantil. Ele é um híbrido estranho, assim como o livro, mas que encanta. O único porém é que sem a forma inovadora de Brian Selznick, o autor original, e mesmo com uma adaptação que beira a excelência na transposição, é perceber que a história original tem um esqueleto muito simples… mas novamente é um a princípio um livro infantil, não é para ser demasiadamente complexo.

NOTA: 9

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Artista – Michel Hazanavicius

 

o-artista-1 O grande favorito a ganhar o Oscar 2012, contrariando todas as expectativas é um filme francês. Alias, se isso acontecer será histórico, os americanos nunca premiaram uma produção de língua não inglesa e desde o primeiro Oscar não premiam um filme mudo, quando Asas ganhou. Mas o engraçado é que a ideia de O Artista é de uma simplicidade absoluta, diria que nem a direção é extraordinária ou o roteiro inventivo. Mas as vezes é das ideia mais simples que surgem as obras-primas mais duradoras, basta ler O Velho e o Mar e notar.

Um ator do cinema mudo (Jean Djardin) extraordinário ajuda uma aspirante a atriz (Berenice Brejo) a ingressar no cinema. Ela com a chegada do cinema falado ganha notoriedade, ele cai no ostracismo por não se habituar. John Goodman faz o dirigente do estúdio, James Cromwell o motorista fiel do ator e há um cachorrinho que rouba  a cena a todo o momento dos atores principais. Boa parte do humor é feita como antigamente, com danças, caretas e a cena de Berenice com o cassaco para mim já é antológica. Essa é paixão pelo cinema sendo celebrada em alto e bom som.

Eu acho que o filme é uma obra prima, assim como outros. A voz da discórdia o vê como um filme simples demais e um cópia de Cantando. O simples demais, e´você pegar o Metrópolis por exemplo e perceber como a construção da história é complexa, ou mesmo um filme do Chaplin como O Garoto. Ser mudo não é ser simples. O Artista, é filme simples, inocente, e tem vários clichês das histórias românticas mais dos anos 50/60 do que dos anos 30. Verdade. Cantando na Chuva é o meu clássico pessoal dos musicais, a história do filme de Gene Kelly é até complexa e muito mais original do que O Artista. Verdade.

E daí? O artista não é nem um filme mudo de verdade, vide a última cena e uma parte no meio, mas ele é uma confissão de amor ao próprio cinema, em sua realidade mais simples e essencial. Essa nostalgia, esse inocência perdida há muito tempo é o que se quer resgatar aqui e nisso ele é primoroso na constituição. Vivemos tempos cínicos e sombrios, o cinema esse ano foi mais escapista do que realista. Eu poderia dizer que isso talvez seja em função da realidade  americana dos últimos anos… mas esse filme é francês.

Nota: 10!!!!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Homem que Mudou o Jogo – Bennett Miller

 

Homem-que-Mudou-o-Jogo Bennett Miller somente dirigiu Capote em 2005, um filme totalmente ancorado em Philip Seymour Hoffman assombroso. Apesar de ele ainda tentar, e parecer ter, um estilo próprio ainda não consigo traça-lo. Coisa que com dois filmes começa a ficar perceptível, pois aqui ele também está ancorado na melhor atuação de Brad PItt desde sempre como fio condutor de sua homenagem ao baseball, mas no fundo é um estudo de personagem sobre um homem contra tudo e contra todos, administrando um time.

Esse é um daqueles casos em que você que odeia o Oscar com o fundo de seu coração, deve parar para pensar no que ele representa para a distribuição dos filmes, pois esse filme nunca chegaria ao cinema sem a indicação, talvez só em DVD e sem nenhuma data provável. Assim como O Artista, o favorito, também demoraria um século para chegar, assim como Histórias Cruzadas estava guardado desde gosto por motivo incompreendido. O que dizer então dos indicados a filme estrangeiro? Pois bem, as premiações servem muito para divulgar e digo no geral, e esse é um caso claro de um filme que foi beneficiado com as premiações do começo do ano, pois nunca um filme cujo o assunto é baseball chegaria facilmente as nossas telas.

Pois bem. Resumidamente a história de Homem que mudou o jogo, se baseia no fato real ocorrido em 2002 em que o administrador de um time fraco da liga interpretado por Brad Pitt, resolve criar um novo método de administração com a ajuda de um estudante, viciado em baseball interpretado por Jonah Hill. A técnica basicamente reflete criar um time não com base em jogadores novos e talentosos, mas com base em jogadores que pelas estatísticas atuando junto em determinadas posições podem ganhar. Um time mais barato que recicla jogadores, pensando em como eles podem máximizar o tempo e a eficiência jogando junto. Peraí Rafael? Isso é o que qualquer time da segunda divisão faz!

- SIM É querido leitor, mas eu estou simplificando ao máximo pois baseball é um jogo complicado e diga-se de passagem… bem chato. Entendam que os três esportes principais americanos tem um pensamento em comum. A estrela que pode mudar o rumo. No futebol Americano, o quaterback, quem organiza o jogo e os touchdows, no Basquete o cestinha, que seria o nosso artilheiro aqui no Brasil, e no baseball, o rebatedor fodão. O filme vai contra essa regra, da raça individual que pode ganhar um jogo e aposta em criar um time jogadores bons e nivelados que podem por meio dos números avançar para as play-offs. Simplificando novamente, o time proposto seria o Once Caldas que ganhou a libertadores. Atrás, na retranca, sabe se defender bem e aproveita a única chance para fazer 1X0 no adversário. Feio, mas funciona.

Tudo isso para explicar a ideia que para os americanos já virou uma lenda, principalmente porque foi com essa estratégia que o RedSox finalmente ganhou a liga. Ou seja para os americanos é fantástico, para nós precisa de uma cartilha. Outra coisa essencial para se entender o filme, é saber que o personagem de Brad pItt é o dirigente do time e não o técnico. Mas que lá o cartola manda. Imagina se fosse assim no Brasil? Que me-do!!!!!! Tá mais isso não influi no filme, pois temos que ser imparciais certo?

- Mais ou menos. Vamos retirar o pensamento esportivo. o que sobra? Um roteiro que explica relativamente bem a premissa, uma direção segura, personagens bem interpretados e uma atuação contida mas memorável de Sr. Jolie. Tem mais que isso? Não, mas é o suficiente para ser bem visto pois esse filme me parece um estudo de personagem, nos motiva a assistir o filme para saber e entender as decisões desse cara que estava basicamente na forca em todos lados: no emprego, na família, no emocional e não deixa transparecer. Por isso o filme está sendo laureado, mas para quem não entende nada de baseball ainda fica uma lacuna que o diferencial de todos aqueles envolvidos em dar vida e emoção a uma história tão importante dentro deste esporte.

Torço Brad Pitt, mas acho que o filme em si não passa do bom.

Nota: 6,5

P.S. e O Abrigo, Drive, Shame entre outros por não ter conseguido nada de peso, continuam sem data de estreia.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cavalo de Guerra – Steven Spielberg

 

Cavalo-de-Guerra Vindouros tempo em que o seu coloria todo o frame do Cinemascope, a música preenchia todo o canto da sala sem ajuda do 3D e os personagens  tinham uma inocência ao olhar o horizonte com esperanças de aventuras. Esse era o cinema ao qual Victor Fleming se consagrou, e mais ainda David Lean que atingiu o ápice do estético em suas produções que esbanjavam cores e profundidade. Esse é o mundo a que se contrapõem o século XXI, meu mestre Clint Eastwood é o mestre nesse mundo monocromático e eu adoro, porém esse ano a indústria de cinema sentiu falta como um todo dessa mágica da década 40/50, dessa inocência cinematográfica.

Spielberg é odiado pelos críticos e por grande do público atual, e um dia eu vou explicar isso na minha perspectiva, mas vamos só resumir que o cineasta americano faz o que quer, e esse ano como já é comum ele lançou dois filmes em conjunto assim como 2005 e 1993. Tanto este como TinTim estão nessa perspectiva, mas Cavalo de Guerra é mais enfático ao homenagear na estética toda essa década comentada. Mesmo assim esse filme é diferente pois ele se trata de um cavalo (Joey) no âmago e não de guerra, ou dos meros seres humanos que cruzam o caminho de Joey, o verdadeiro personagem principal.

Engraçado como o cineasta gosta do guerra, e conseguiu fazer três filmes bem distintos entre si. Lista de Schindler, é um cruel retrato do Holocausto e não do embate em si. A sua caracterização dos nazista vai pelo lado da desumanização das personagens. O resgate do Soldado Ryan, vai por um caminho contrário pois humaniza os soldados em si e consegue ter um ponto de vista ainda mais realista beirando o documental. Cavalo de Guerra não está interessado nem nos vilões como seres vis, nem em entender o ser humano se comporta quando confrontado com a guerra, ele cria uma fábula de coragem, em que um cavalo passa por várias cenas e encontra vários personagem, de todos os lados da trincheira traçando um painel visivelmente humanitário.

Acompanhe-se a isso a trilha sempre presente de John Williams, a fotografia deslumbrante imitando ao cinemascope e você tem sua homenagem. Entretanto Cavalo de Guerra não é um grande filme, somente fica na ideia de fazer um bom filme, mas bem abaixo dos dois filmes citados. Isso porque a própria estrutura episódica não deixa criar um envolvimento maior com os personagens. Se as histórias se complementassem, seria interessante, mas elas são bem diferentes e você acaba escolhendo uma. No meu caso eu adorei a história a menina francesa que encontra o cavalo no seu redemoinho. Os dois meninos alemães fugindo da guerra já é idiota. Nesse roteiro inconstante só há uma coisa que salva: Joey, mas mesmo se tratando de um filme sobre um cavalo é injusto colocar o filme inteiro nas costas, coisa que nem grandes atores conseguem as vezes. Junte-se a isso o fato de tanto alemães quanto franceses falarem inglês, não haver uma gota de sangue no longa e o sentimentalismo de algumas cenas e os críticos de Spielberg fazem a festa. é bom filme, não passa disso, mas As aventuras de Tintim é incrivelmente superior.

Nota: 6,5

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Histórias Cruzadas – Tate Taylor

 

historias-cruzadas Esse foi um dos maiores sucessos do cinema americano de 2011, em termos comerciais pois custou uma merreca e faturou mais de 170 milhões de dólares, e em termos artísticos, pois foi muito bem elogiado por uns e desprezado como demasiadamente “fofinho” por outros. O sucesso deveria ser mais esperado pois o romance que originou o filme é um best-seller há mais ou menos quatro anos e creio que ainda está no top do New York Times.

A história toca numa ferida americana por excelência, e que também é uma ferida mundial: A discriminação racial. Na década de 60 uma jovem repórter Skeeter (Emma Stone) resolve escrever um relato sobre o dia-a-dia das empregadas domésticas, que são sempre negras e vivem em condições de vida precárias. Ela encontra muita resistência das próprias empregadas que podem acabar sendo punidas e pela sociedade burguesa sulista extremamente racista, que tem como porta voz a melhor vilã de 2011, Bryce Dallas Howard, totalmente desprezível ao formular uma lei de banheiros separados entre as raças. Com esse mote duas empregadas resolvem fala, que são a alma do filme: a contida e emocional Viola Davis, e explosiva Octavia Spencer que roubam o filme das demais grandes atrizes que aparecem e, inclusive da Onipresente Jessica Chastain, muito engraçada como uma “nova rica” nada discreta.

Histórias Cruzadas é um filme a moda antiga, mas sem tentar parecer à moda antiga como Cavalo de Guerra. O fato é que ele não cria uma história forte para os termos atuais, muito menos cínica com a sociedade como toda a produção cinematográfica contemporânea e sim entrega um filme sob medida para ser sessão da tarde: O que é a grande falha para alguns, mas considerando que eu sou contra ao excesso de realismo que impregna as produções atuais: Histórias é uma boa história, com ótimas produção e com uma direção segura, o que realmente o alça como um grande filme são suas atrizes que dão alma a a história. Isso é o que o filme é, e não o que ele poderia ser.

Mas as críticas fazem sentido, pois como disse é uma ferida americana, e revisitá-la é algo delicado, pois essa história de preconceito, não esqueçamos aconteceu a menos de 50 anos! Se algo parece meio velado, já jogam pedras. Se algo é escancara a hipocrisia, como o filmes de Spike Lee, ninguém vê. E eu mesmo não gosto muito do cinema de Spike Lee, mas crio que minha realidade brasileira não consegue compreender essa cisão racial… mas isso é assunto para o bar.

Histórias Cruzadas é um filme fofinho mesmo, com momentos tensos,atuações ótimas, e que deixa seu espectador para cima no final (coisa rara) e me lembrou bastante o Cor Púrpura  de 1986, o que eu considero um grande elogio.

NOTA: 8,5

P.S. Tate Taylor, o diretor, está sendo ignorado em premiações (ok. nada extraordinário), mas certas pessoas atribuem isso ao fato do filme ser mal-dirigido, o que eu não concordo. Só queria entender o que isso significa para alguém que concorde, pois o Discurso do Rei a direção é arroz-com-feijão Também.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Uncharted 2: Among Thieves

 

U2_NA_cover Eu não conhecia a série pra ser bem sincero, até alguns meses atrás em que o terceiro exemplar saiu e até o dia de hoje é o jogo-do-momento, mas fiquei realmente curioso quando vi que os dois precedentes também tinham sido o jogo-do-ano em 2007 e 2009 respectivamente. Eu conhecia pois ele é exclusivo par Playstation e eu sou adepto da Sony há alguns meses. Fiquei ainda mais interessado quando uma fonte  é confiável informou que maneira como se conta a história em Uncharted é que era o verdadeiro diferencial, pela riqueza. Vi o trailer do primeiro, e já me veio a cabeça o inconfundível paralelo com minha musa Lara Croft… lugar comum. Vi o começo do segundo, e caiu o queixo… sabia que tinha que jogar isso rapidamente para xingar o excesso de rasgação de seda… ou louvar como um jogo fantástico.

Estamos aqui para Louvar.

o começo desse jogo que cativou bastante é o seguinte. Você é Nathan Drake, aventureiro e azarado, que acorda num trem destruído, com um rombo na barriga e fala: – A lot of blood, a lot of my blood (Sangue…Um monte de sangue meu), quase que rindo da sua desgraça. Mas não acabou, você descobre na vertical da pior maneira possível, quase caindo no precipício. E o seu tutorial vai ser tentando escalar o trem com coisas dando errado a todo momento. Que maneira de te colocar no mundo de Uncharted.

Salvo. Você vai regredir no tempo para descobrir como chegou até aí. uma mulher chamada Chloe (hot), contratou você e seu “amigo” para roubar uma relíquia de Marco Polo, o xis da questão é que o artefato tem a localização de um artefato de Marco Polo, que mais tarde você vai descobrir ser a chave da cidade mítica de Shambala. Você ser traído pelo seu amigo, que trabalha para um neo-nazi que quer descobrir uma relíquia de Shambala que pode torná-lo invencível. Esse em linhas gerais é o esqueleto. Como essa história é contatada e como o personagem de Drake é bem  construído, são coisas que eu não tinha visto em nenhum jogo até o momento.

Você está entre ladrões, então em dado momento você não confia em ninguém. A Chloe é uma anti-heroína que toma atitudes duvidosas o jogo inteiro. Você encontra seus amigos do outro jogo. Incluindo seu affair Elena, que causa um triangulo amoroso engraçado. Pessoas morrem de verdade. E Nathan Drake é um cara muito engraçado, não chega a ser um fanfarrão como Dante ou Bayonetta, mas há um bom humor palpável no dia-a-dia de sua busca, em seus momentos mais tensos ele fica sério e heróico, ele é um personagem com profundidade. Mérito a seu dublador Nolan North, que além de fazer um desempenho fantástico, tem uma técnica interessante da Naughty de fazer o ator jogar o jogo, e ir gravando no improviso falas durante certas ações e incrementá-las ao jogo. Então mesmo no gameplay Nate é um personagem falante, com personalidade que está nos dizendo coisas, e piadas com base naquilo que estamos fazendo. é uma maneira muito interessante de criar uma faceta para um personagem virtual,  pois a maioria é descrita nas animações, Não fala ou Fala coisas programadas.

Aí chego a um ponto que eu sempre achei, mas nunca tinha visto na prática executado de maneira tão interessante. O video-game é também uma maneira de contar histórias, a maioria só se prende a ação, que o meio, a interatividade buscada nos games, mas não é desculpa para se deixar de lado a história. Ou pelo menos não é mais. Tomb Raider que eu amo, é um jogo fantástico, cuja a história é mínima pois naquela época (1995) ter CGI’s era mais complicado e os poucos que o jogo tem, contam uma história que já escapava dos padrões tradicionais por ter uma reviravolta e não ser somente um telinha descrevendo o que aconteceu. No mundo atual temos Heavy Rain, que é um jogo ainda mais cinematográfico e esta série Uncharted que tem várias cut-scenes e nenhuma é dispensável ou gratuita.

Mais do que isso, o jogo é uma delícia de jogar. Os cenários, assim como em Tomb Raider e em jogos de aventura, são lindíssimos. A trilha sonora empolgante e várias coisas diferentes para fazer que não resumem o jogo somente em escalar e atirar. Em uma fase você tem que passar por vários guardas se escondendo, em outra é escalar um trem em movimento, em um momento você tem que carregar um amigo ferido, no meio de um tiroteio, o que diminui sua velocidade e possibilidade de mira, em outro ponto você tem pular de carro em carro para escapar dos vilões, fugir de uma metralhadora totalmente desarmado, proteger a fuga de seu aliados. São várias coisas a mais que jogo oferece e é envolvente pois a cada novidade você diz: UAAAAAAUUUUUUUU!!!!

A Jogabilidade é excelente, mas assim como Tomb Raider não dá para entender alguns pulos (alias, se há uma falha é essa, as vezes Drake desafia as leis da física, em outras ele morre por cair de quatro metros), mas de resto Uncharted é realmente um jogo excelente e acho que historicamente já é uma evolução em como contar histórias no video-game.

Veja o gameplay, preste atenção nos improvisos e no Marco Polo.

 

NOTA 10/10

P.S. Agora preciso jogar o primeiro, que é difícil de achar e o terceiro, mas está tão caro ainda. :)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Oscar 2011 – Indicados

 

MELHOR FILME

o-artista-1 Arvore_da_vida Cavalo-de-Guerra descendentes, os historias-cruzadas Homem-que-Mudou-o-Jogo invenção de hugo cabret Meia Noite em Paris  tao longe, tao perto

 

Artista, O – Ele pode não ganhar, contrariando a lógica das premiações, devido ao conservadorismo a Academia, entretanto o filme já bateu um recorde ao chegar até aqui como o favorito.

Árvore da Vida – Tido como peixe morto na temporada de prêmios, talvez tenha sido a surpresa mais justa. O filme é histórico e fantástico.

Cavalo de Guerra – As pessoas tem umas ideias estranhas. Ontem conversando com uma amiga ela me solta a lenda mais estranha sobre o Spielberg: “Ele faz filme pra ganhar Oscar!”… A Academia odeia o Spielberg! Cavalo de Guerra está aí para constar,  eporque é normalzinho. TinTim que é inovador, genial e melhor foi capado dos prêmios.

Descendentes, Os – O segundo provável favorito. Um filme muito bem visto pela crítica que eu ainda não vi.Traz George Clooney como um pai estressado no Havaí tendo que se relacionar sentimentalmente com suas duas filhas.

Histórias Cruzadas – A história do preconceito nos 60, é uma ferida no país do tio sam. Provavelmente nunca foi contado com tão bom humor como nesse filme, que é ótimo, traz um elenco poderoso, um roteiro redondo e uma direção melhor que a do Discurso do Rei, mas Tate Taylor foi ignorado. Tradução brasileira mais ou menos.

Homem que Mudou o Jogo – Tradução brasileira ruim. Vocês abem como o cinema americano adora filmes de esporte, apesar desse ser um filme mais ligado a um ideia economica, ainda é uma alegoria da persistencia que nos faz vencer. Vale pela atuação do Brad Pitt.

Invenção de Hugo Cabret – O livro de Selznick é uma das coisas mais fantásticas que já li, Martin Scorsese é foda e assim como O Artosta, a história é uma homenagem ao cinema em si.

Meia Noite em Paris – Woody volta a boa forma, roteiro lindo, filme fantástico e a maior bilheteria de Woody Allen. A academia tb não gosta dele, pois ele nunca vai na cerimônia, mas ficava meio dificil esnobar.

Tão Perto, Tão Longe – E a pior tradução do ano (porque não ficam o título do livro??????), e também eu nunca vi um filme com críticas tão negativas ser inidicado. Não falo mais nada porque não vi o filme, mas segundo os comentários a história é ótima, mas o Daldry pesa no sentimental…

FILME ESTRANGEIRO

HEARAT-SHULAYIMIN darknessMonsieur-LazharrundskopSEPARACAO

He’arat Shulayim (Rodapé) – Israel. Uma comédia sobre família que não tem um pingo de política (Uau). Um pai e filho de mesmo nome, e de carreiras extremamente opostas, caem em uma confusão quando o grande prêmio acaba sendo concedido ao pai que é um fracassado. Parece divertido.

In Darkness (Nas trevas) – Polônia. A história real de Judeus que tentavam sobreviver a segunda Guerra vivendo nos esgotos do gueto. Tragédia. Crueldade. Guerra.

Monsieur Lazhar - (Professor Lazhar) – Canadá. O senhor Lazhar é contratado como substituto da sétimo ano, pois o antigo professor faleceu. Entretanto ele é um refugiado do Afeganistão. Como será que vai ser recebido?

Rundskop – Bélgica. A máfia encontra…. a veterinária (?)

Separação, A  - Irã. O divórcio no Irã, obivamente não vai ar certo. O filme está sendo aplaudido no mundo inteiro, o que logicamente fez… o irã vetar a exibição do filme. Já em cartza em São Paulo.

MELHOR DOCUMENTÁRIO

Em primeiro lugar, sou suspeito… Não gosto de documentários.

Hell-and-Back-Againif a tree fallsParadise_Lost_3_PurgatoryPINAundefeated (1)

Hell and back again – Assunto super-original, o dia-a-dia dos soldados no Afeganistão até o momento em que voltam para a casa.

If a Tree Falls – O pessoal que briga, pela natureza, animais,movimentos no dia-a-dia. Os pontos de vista, os protestos, as bombas caseiras…

Pina – se Houvesse Justiça iria para esse filme. O documentário em 3d de Win wenders sobre a lendária Pina Bausch

Paradise Lost 3: Purgatory – O sistema carcerário nos Estados Unidos foi acompanhado de perto nesse projeto. Em sua terceira instância é reexaminado um caso antigo com novas evidências.

Undefeated – Imagine um documentário sobre o XV de Jaú… substitua por um time de futebol americano… é isso.

ANIMAÇÃO

chico & ritagato-de-botaskung-fu panda 2rangoum-gato-em-paris-poster

Primeiramente, a falta que mais senti foi nessa categoria em que a melhor animação, por ser uma técnica polêmica de motion capture, foi excluída. As Aventuras de Tintim é fantástico mas, no final, por ser do Spielberg, motion capture e ser um personagem que os americanos desconhecem totalmente não emplacou a indicação:

Chico & Rita – Essa animação cubana é embalada por música regional, e se trata de um romance beeeem adulto. É diferente para os padrões americanos mas..

Gato de Botas – Sério? O spin-off de Shrek? Ele tem carisma mas não pe melhor que Rio, ou mesmo Carros 2.

Kung-Fu Panda 2 – Bonitinho.

Rango – Assim fica fácil. Esse é de longe a melhor animação do ano e que trouxe algo diferente ao gênero.

Um Gato em Paris – Filme francês que parece bem infantil. Uma mistura de james bond com gatos.

MELHOR DIRETOR

terrence malickmichael_hazanaviciusInternational Pavilionmartin scorsesewoody-allen

Terrence Mallick (Árvore da Vida) – Michel Hazanavicius (O Artista) – Alexander Payne (Descendentes) – Martin Scorsese (Invenção de Hugo Cabret) – Woody Allen (Meia Noite em Paris).

MELHOR ATOR

 Demian BichirJean-DujardimGeorge ClooneyGary OldmanBrad-Pitt  

Damien Bichir (A Better Life) – Jean Dujardin (O artista) – George Clooney (Descendentes) – Gary Oldman e meu favorito por esse filme fantástico (Espião que sabia demais) – Brad Pitt (Homem que Mudou o jogo)

MELHOR ATRIZ

Gleen CloseMeryl Streepviola-davisrooney-maramichelle-williams

Glenn Close (Albert Nobbs) – Meryl Streep (Dama de Ferro) – Viola Davis (Histórias Cruzadas) – Rooney Mara (Millenium – Os Homens que não Amavam as Mulheres) – Michelle Williams (Sete Dis com Marylin)

ATOR COADJUVANTE

Nick-Noltejonah-hillKenneth-Branagh max-von-sydowchristopher-plummer

Nick Nolte (Guerreiro) – Jonah Hill (Homem que Mudou o Jogo) – Kenneth Branagh (Sete Dias com Marylin) – Max Von Sydow (Tão Perto, Tão Longe) – Christopher Plummer (Toda a Forma de Amar)

ATRIZ COADJUVANTE

JANET MCTEERBERENICE BEJO  Jessica ChastainOctavia-SpencerMELISSA MCCARTHY is Megan in ?Bridesmaids?.  In the comedy, Kristen Wiig stars a maid of honor whose life unravels as she leads her best friend and a group of colorful bridesmaids on a wild ride down the road to matrimony. 

Janet McTeer (Albert Nobbs) – Berenice Brejo (O Artista) – Jessica Chastain (HIstórias Cruzadas) – Octavia Spencer (Histórias Cruzadas) – Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento)

ROTEIRO ORIGINAL

o-artista-1Margin CallMeia Noite em Parismissao-madrinha-de-casamentoSEPARACAO

Michel Hazanavicius (O artista) – J. C. Chandon (Margin Call: O dia antes do Fim) – Woody Allen (Meia Noite em Paris) – Kristen Wiig & Annie Mumolo (Missão Madrinha de Casamento)   – Ashgar Farhardi (A separação)

ROTEIRO ADAPTADO

descendentes, osespião-que-Sabia-DemaisHomem-que-Mudou-o-Jogoinvenção de hugo cabretTUDO PELO PODER

Alexander Payne, Nat Faxon, Jim Rash (Descendentes) – Bridget O’Connor & Peter Straughan (Espião que Sabia Demais) – Steven Zaillan, Aaron Sorkin, Stan Chervin (Homem que Mudou o Jogo) – John Logan (Invenção de Hugo Cabret) – George Clooney, Grant Heslov, Beau Willmore (Tudo pelo Poder) 

MONTAGEM

Anne-Sophie Bion e Michel Hazavenicius (O Artista)
Kevin Tent (Descendentes)
Angus Wail e Kirk Baxter (Millenium)
Telma Schoonmaker (Invenção de Hugo Cabret)
Christopher Tellefsen (Homem que Mudou o Jogo)

FOTOGRAFIA

Guillaume Schiffman (O Artista)
Jeff Croneweth (Millenium)
Robertn Richardson, (Invenção de Hugo Cabret)
Emmanuel Lubezki (Árvore da Vida)
Janusz Kaminski (Cavalo de Guerra)

TRILHA SONORA

John Williams (Aventuras de Tintim)
John Williams (Cavalo de Guerra)
Ludovic Bource (O artista)
Howard Shore, (Invenção de Hugo Cabret)
Alberto Iglesias, (O espião que Sabia Demais)

CANÇÃO

Man or Muppet (Muppets)

Real in Rio (Rio)

DIREÇÃO DE ARTE

Dante Ferretti e Francisca Lo Schiabo (Invenção de Hugo Cabret)
Stuart Craig e Stephanie McMillan (Harry Potter e as relíquias da Morte – Parte 2)
Laurence Bennett e Gregory S. Hooper (O Artista)
Anne Seibel e Hélène Dubreuil (Meia Noite em Paris)
Rick Carter e Lee Sandales (Cavalo de Guerra)

FIGURINO

Lisy Christi (Anonymous)
Mark Bridges (O Artista)
Sandy Powell (A Invenção de Hugo Cabret)
Michael O’Connor (Jane Eyre)
Arianne Phillips (A.E. – O romance do século)

MIXAGEM DE SOM
Millenium – Os Homens que não amavam as mulheres
Invenção de Hugo Cabret, A
Homem que mudou o Jogo, O
Transformers: O Lado Oculto da Lua
Cavalo de Guerra

EDIÇÃO DE SOM
Drive
Millenium – Os Homens que não amavam as mulheres
Invenção de Hugo Cabret
Transformers – O Lado oculto da Lua
Cavalo de Guerra

MAQUIAGEM
Albert Nobbs
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2
Dama de Ferro, A

EFEITOS ESPECIAIS
Harry Potter e as relíquias da morte
Gigantes de Aço
Invenção de Hugo Cabret
Planeta dos macacos – A Origem
Transformers: O lado oculto da lua

CURTA

Pentecost – Raju – The Shore – Time Freak – Tuba Atlantic

CURTA-DOCUMENTÁRIO

The Barber of Birmingham – Gos is the Bigger Elvis – Incident in New Baghdah – Saving Face – The Tsunami and the Cherry Blossom

CURTA ANIMAÇÃO

Dimanche/Sunday – Fantastic Flying Books of Mr.Morris Lessmore – La Luna – A Morning Stroll – Wild Life