Primeiro filme do ano, é mais nova obra holandesa de um diretor que está voltando a origem: Zwartboek, A Espiã, que é um filme a la Paul Verhoven, sangue, sexo, polêmica e choque! Tudo que o cinema atual gosta de retratar em ritmo alucinado. O filme não é uma obra-prima do cinema mundial, mas devemos admitiir que tem seus méritos na ousadia.
Estamos no palco preferido do cinema a segunda Guerra Mundial, temos uma atriz muito boa chamada Carice Van houten, que nos acompanhará e será a grande responsável pelo exito do filme. Ela é uma judia que se infiltrará na sociedade Nazista para salvar o filho do comandante, extremamente nobre sendo que toda a família dela foi morta por nazistas logo no começo do filme, mas ela é uma mulher fria, inteligente e manipuladora em certos pontos... mulher fatal que nos conquista, e assim como toda a atriz de Verhoven não tem nenhuma inibição, o que significa que há muitos momentos de sexo durante o filme... eu sei está parecendo ruim ou está parecendo Verhoven, o que é quase a mesma coisa... contudo não é, a produção é de alto calibre e o suspense é digno De Palma, pois o perigo espreita em cada esquina, Contudo o grande trunfo aoi meu ver foi a audácia de retratar o nazista como bonzinho... sim senhor, não estamos em um filme em que os nazista são maus como um tod, e sim num filme em que temos um nazista bom pelo qual ela irá se apaixonar e um mal, não porque ele tem um ódio mortal dos judeus, ou porque Hitler fez lavagem cerebral, e sim porque ele gosta demais das jóias judias.
é impossível não torcer pelo casal quando estão em fuga, você quer que ele fuga, até você gostou do carrasco nazista!!! E Verhoven sabe que na terra da liberdade ele conquistou a fama de esculachar com a Moral tanto na violência (Robocop), na nudez constante (shogirls), ou na cena de sexo com começo-meio-fim (instinto selvagem) ele é cara de pau, foi receber o Framboesa de Ouro pessoalmente, coisa que ninguém, mas quando vc pensa que o diretor não vai chocar vc com mais nada, eis que ele resolve dar um banho na personagem, e degradá-la na maior humilhação possível em frente das suas vistas, coisa que lhe deixa com o estômago embrulhado (assista não vou dizer o que ele faz) e eis que ele subverteu tudo o que você achava certo na 2ª Guerra durante a projeção do filme, enquanto nós olhavamos para a escultural senhorita Houten, que ainda por cima é muita boa atriz.
O filme só tem um defeito em sua parte final que é acelerar e revelar muita coisa de uma vez, em certo momento ela berra "Será que nunca vai acabar?" e você está com a mesma sensação.
Nota 8
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