Essencialmente o cavaleiro negro é o oposto do cavaleiro branco. O mal versus o bem. As coisas não são bem assim neste cavaleiro das trevas. O cavaleiro do bem é Harvey Dent, promotor público destemido que está disposto a qualquer sacrificio para trazer justiça a Gothan City, e ele fará isso usando os meios de que dispõe e colocará centenas de traficantes atrás das grades. Harvey Dent é o herói de Gothan. Seu contraponto é o cavaleiro do ? mal ? Batman, um proscrito que se esconde atrás de uma máscara e usa a noite
como refúgio, lutando contra traficantes, assaltantes, assassinos,enfim, a escória da cidade. Ele não os prende, assusta-os. Os que captura deixa para a policia prender. A seu modo está fazendo o mesmo trabalho, mas ele é o lado do mal, ele não sacrifica nada alem da propria identidade. Será??
Em certo momento Dent estará disposto a usar todas as armas para atingir seus objetivos e é Batman quem o alertará de que um ato alheio a figura do herói seria destruir tudo o que já conseguira.
Mas a dor fará com que o homem bom desvirtue suas crenças e o tornará um assassino frio. E será o cavaleiro negro que perpetuará o mito do herói no momento em que tomar para si seus crimes .
E este será o vilão que Gothan city terá.
Todos falam muito sobre o Coringa e a interpretação de Heath Ledger, que é espetacular, não discuto, mas a figura do Coringa aqui é o estopim para uma complexa rede de atos, moralismo, corrupção, chantagem, ele é aquele que dá inicio à avalanche.É ele quem diz ao Batman que quando não for mais necessário ele só será um pária a mais nessa sociedade de manipuladores com ilusões de controle.
É o coringa quem trará dúvidas ao cavaleiro.
Quem acompanha os quadrinhos sabe que Batman se culpou por não ter parado o Coringa quando teve a chance. As muitas mortes resultantes de seus crimes pontuaram os pesadelos de Bruce/Batman por muitos numeros de quadrinhos. Seria errado matar um
sabendo que salvaria cem? Esta também é uma pergunta que será introduzida em certo momento no filme, a solução é no mínimo interessante.
O ponto que ficou, para mim, é que uma cidade cinza é feita de muitos pontos cinzas. Não há herois absolutos ou vilões sem alma. Até a força do caos , que é atribuida ao coringa, não destrói o inimigo pois este lhe traz diversão. No final, todos são muito humanos e ser humano pode ser realmente apavorante.
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