domingo, 8 de maio de 2011

X-MEN – Primeira Classe

 

x-men Confesso que não sou fã da cinesérie dos X-men nos cinemas. Os dois Primeiros filmes foram muito bons em termos de filmes de ação e aventura, mas sempre ensaiaram algo maior que nunca aconteceu. O Confronto Final e Wolverine, não tem as mesmas qualidades nem de roteiro (especialmente nesse quesito) nem de direção.

O que realmente nunca me agradou foi a falta de respeito com a origem de alguns personagens como Gambit (basicamente um trambiquei-o), Vampira (patética, nunca chegaria a ser a mulher mortal que levanta toneladas), Noturno (simplesmente mal aproveitado), Deadpool (o mais gritante, completamente estragado), entre outros sem contar o final non-sense com mutantes sem poderes e o Ciclope e Fênix mortos.

A Fox continua fazendo filmes… (e algum dia talvez eu conte por que eu não gosto da Fo) mas quanto mais eu vejo cenas do novo exemplar, mas eu tenho esperanças que a evolução X2 finalmente chegue com esta prequel.

Primeiro ponto – O roteiro parece ser bem interessante.

Segundo ponto – Os dois atores são muito bons James MacAvory (Desejo e Reparação) como Xavier e Michael Fassbender (Bastardos Inglórios) como Magneto.

Terceiro ponto – Não há muitos personagens clássicos para se “estragar”, não sendo hard-core não deve decepciona nesse quesito. A “primeira classe” é composta de Mística (a bela Jennifer Lawrence de Inverno da Alma), Banshee (Caleb Landry jones de Último exorcismo), Destrutor (Lucas Till, visto recentemente no fraco Invasão do Mundo) e Fera (Nicholas Hoult de Direito de Amar). Há também a Rainha Branca interpretada por January Jones de Mad Men, ou seja é um time de novos atores bem promissores.

Essa semana caiu o trailer final:

Trailer Oficial

e feauturetes dos personagens:

Mística

 

Destrutor
Fera
Banshee

A melhor parte é que a direção é de Matthew Vaughan de Kick-ass, ou seja tem tudo para ser o melhor filme dos X-men.

Estamos aguardando.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Cannes 2011

 

festival-de-cannes-2011

Entre 11 e 22 de maio acontecerá um dos grandes ventos do cinema, talvez o maior depois do Oscar: O Festival de  Cannes. Se o Oscar é  festa que celebra Hollywood e a indústria americana em toda a sua potência, Cannes é o grande festival dos europeus e filmes autorais, como definiria nos querido Truffaut.  Nos últimos dois anos a seleção fora criticada por falta de títulos significativos sendo a praticamente desconhecida seleção do ano passado, que premiou o belíssimo e estranho Tio Boomie, mas que passou desapercebida. Esse ano pelo contrário temos uma grande quantidade de feras em campo e expectativa é ampla. Esse é um pequeno guia do esperar de Cannes:

Competição oficial – São todos os filmes que estão lá basicamente para competir pela Palma de Ouro.
- La Piel que Habito – (A pele que habito) Pedro Almodóvar (ESP). O Longa de terror do mestre espanhol é muito aguardado. Primeiro pelo reencontro Antônio Bandeiras e Almodóvar. Segundo por ser baseado em livro singular, Tarântula, cuja a história transita pela estranheza e sexualidade, temas preferidos do diretor. Terceiro por ser Almodóvar se aventurando em novo terreno cujo o resultado deverá ser no mínimo singular.
- L'apollonide (Souvenirs de la maison close) - “Memórias de um bordel” Bertrand Bonello (FRA)
-  Pater - “Velho” - d'Alain Cavalier (FRA)
- Hearat Shulayim - “Rodapé” - Joseph Cedar (ISR) – Apesar de vir de Israel, não é um filme político a princípio. é historia de rivalidade entre dois professores, pai e filho, perante os anos que se passam. Parece ter um vínculo mais emocional.
- Once upon a time in Anatolia – “Era uma vez em Anatolia” - Nuri Bilge Ceylan (Tur)
- Le gamin au vélo - “O Rapaz da Bicicleta”- Jean-Pierre et Luc Dardenne (BEL)
- Le Havre - “Aveia” - d'Aki Kaurism€ki (FIN)
- Hanezu No Tsuki - Naomi Kawase (JAP)
- Sleeping Beauty - “Bela Adormecendo” Julia Leigh (AUS). Uma universitária entrando em uma mundo erótico e sensual. Um conto d fadas revisitado na modernidade e não Garota da Capa Vermelha, tem Emily Browning (Sucker punch) mas esperamos ve-la atuando dessa vez.
- Polisse - “Pomada” - Ma¯wenn (Fra)
- A Árvore da Vida - Terrence Malick (EUA) O Thomas Pynchon do cinema americano, seu rosto é pouco conhecido e suas obras tem uma complexidade visual inigualável. Brad Pitt é um pai bruto da década de 60, Sean Penn está em crise no mundo atual, há mensagens ecológicas, muito provavelmente uma aura divina envolvendo a todos assim como no Além da Linha Vermelha, e segundo a lenda há dinossauros tb. Seria 2001 de Mallick ou a grande decepção do ano.
- La Source des femmes -  O Oráculo das Mulheres” - Radu Mihaileanu (ROM)
- Hara-kiri: Death of a Samurai – “A morte do Samurai” Takashi Miike (JAP) Esse é um dos primeiros filmes japoneses em 3d é uma história de samurais e promete ser no mínimo interessante
- Habemus Papam - Nanni Moretti (ITA) Ele já fez o mundo chorar com o Quarto do Filho, parece que vem mais light para Cannes esse ano, ou pelo menos o filme parece ser bem humorado. Um dia do papa sem ser papa pode significar muito. Não sei porque me lembra o discurso do rei. Não sei se isso é bom ou ruim.
- We need to talk about Kevin - “Precisamos falar sobre o Kelvin” Lynne Ramsay (ING). O livro é um soco no estômago e sendo um filme de estréia em Cannes podemos esperar muito da história de uma mãe tendo que lidar com um menino com distúrbios psicopatas
- Michael - Markus Schleinzer (ÁUS). Outro Primeiro filme, a história ainda é um mistério.
- This must be the place – “Deve ser este lugar” -Paolo Sorrentino (ITA)
- Melancholia - Lars Von Trier (DIN). Lars vai na linha de Tarskovsky e cria um filme de Fc para discutir questões familiares como no clássico Sacrifício. aqui Kristen Dunst entra em crise logo após o casamento enquanto um planeta chamado Melancholia entra em rota de colisão com a terra (?!)
- Drive - Nicolas Winding Refn (DIN/EUA)

Infelizmente eu não consegui informação de todos, pois muitos serão surpresa no dia. Espero um dia poder cobrir isso ao vivo, mas por enquanto vamos tentando superar as distancias físicas.

domingo, 1 de maio de 2011

Thor – Kenneth Brannagh

 

Thor_Film_Poster3 E não é que melhor do que eu imaginava. Quando assisti uma montagem ilegal apresentada na Comicon do ano passado fiquei com o pé atrás… alias, muito atrás com relação ao filme do Deus Nórdico. Parecia uma história fraca, dirigida por Kenneth que não é um cara de filmes de ação, e o visual me pareceu estranho. Fico feliz de ter me enganado e muito, a historia respeita o original e é muito bem construída, Kenneth fez um ótimo trabalho nas sequências de ação e o visual é realmente estranho mas belo.

A história gira em torno do personagem de Thor no caminho de aprendizado do guerreiro, prestes a ser coroado sucessor do trono quebra a trégua de milhares de anos com os Gigantes de Gelo, como castigo é enviado a uma outra dimensão, a nossa, para aprender a humildade e sabedoria necessária para se tornar um rei e consequentemente um herói. Essa história básica é encarada com bom humor e carisma pelo protagonista, o ainda desconhecido Chris Hensworth, como uma obra trágica de Ésquilo ou Shakespeare. A jornada não é fácil e necessita de sacrifício, além de um romance com Natalie Portman .

Entretanto o “truque” de Thor são seus coadjuvantes e um vilão magnífico, exatamente por não ser um vilão óbvio. Do lado divino, Anthony Hopkins sempre com classe em seus papéis faz um Odin-sábio, Idris Elba com um desempenho vocal ótimo cria um personagem carismático, assim como o quatro amigos do herói com destaque a bela Jaimie Alexander como a guerreira Sif. Do lado humano Stellan Skarsgard faz o sábio amigo e mentor da personagem de Natalie, Kat Dennings traz uma personagem engraçadíssima em cena e parecem estar todos se divertindo com a história. Agora meu destaque vai para o ainda desconhecido Tom Hiddleston, com seu Loki, um dos vilões mais complexos que essa geração de filmes super-heróis trouxe. Sua história é trágica, seu plano não é óbvio e traz muita humanidade a seu personagem: Um ator para se ficar de olho e um vilão, que conforme o easter do final revela, que dará muito trabalho ao Vingadores no tão aguardado projeto.

A fita tem tudo o que uma boa história deveria ter e todas qualidades de uma super-produção com exceção de alguns trajes dos asgardianos que poderiam ser melhorados. Mas no todo THOR é grande diversão e peça chave no quebra cabeça dos Vingadores.

Nota 9/10