domingo, 3 de outubro de 2010

SILENT HILL

Silent_Hill_series_logo

Sim gente, o blog está empoeirando e os peixes quase estão morrendo, contudo eu não esqueci de publicar as coisas. Simplesmente não está dando tempo para dar outra cara a esse blog, mas amos tentando que uma hora eu consigo. Eu já falei muito sobre literatura aqui (agora falo no O Espanador) e sobre cinema, contudo está difícil ver certos filmes, até já me arrisquei a falar sobre música, coisa que devo confessar não sou perito. Mas uma coisa eu amo muito contudo nunca escrevi em lugar algum são jogos!

Minha infância foi dominada pela série de pulos e enigmas de Lara Croft, em um computador Cyrix 266 com memória HD DE 3.2 Gb, eu fazia milagre para jogar a série Tomb Raider e outras séries muito interessantes na época que não significaram tanto quanto as aventuras da arqueóloga inglesa. Devido as limitações técnicas de se jogar só em PC, destaque somente Myth – The Fallen Lords, como um outro grande jogo que experimentei na minha infância. O tempo passou mudei de computador algumas vezes, a maldita placa aceleradora sempre me ferrou e só agora que consegui um outro computador que rode jogos razoavelmente bem, então decidi recuperar algum tempo perdido nos mundos virtuais. Porém eu não é todo jogo que me prende, gostava de Tomb Raider pelos desafios, Myth pela história e creio que esse seja o ponto principal do meu gosto a história.  Joguei Unreal (tiro), WinEleven (futebol, sou muito ruim), Swiv 3D (Guerra em um helicóptero) mas assim como filmes ou literatura se não tiver uma história interessante é só uma diversão dispensável. Contudo nos últimos meses jogar Silent Hill foi realmente algo que eu não dispensei.

Influenciado pelo filme que achei extraordinariamente bom, por uma amiga que ama a série e me fez rememorar que eu queria jogar este assim que comprei o primeiro computador, mas nunca tive a oportunidade, consegui após vários esforços os jogos de 1 a 5, dos quais já completei os três primeiros que são o coração da série.

silnt hill 1SILENT HILL (1999)

O gráfico é quadrado bem menos detalhado do que o Tomb Raider original em quesito de personagem. No quesito cenário é uma experiência realmente perturbadora. A cidade é o principal personagem em Silent Hill sua névoa incessante e sua transformação em algo tão escuro, enferrujado e grotesco dão muito certo.

A história se centra no personagem de Harry Mason que acorda em seu carro batido percebendo que a filha não está mais lá, então sai a sua procura na cidade fantasma de Silent. Logo de cara já percebi porque o jogo é tão cultuado, ele mexe diretamente com seu cérebro ao ver o vulto de Cherryl no horizonte nosso instinto é correr atrás da pequenina e ela nos guia até um beco em que o dia se torna noite, corpos pendurados agonizantes estão dependurados e Harry encontra monstros que o subjugam. Será que o matam, ou já estou interpretando demais?! Logo depois ele aparece acordando de supetão em uma lanchonete, com um policial loira muito bonita o interrogando. Esse é o melhor começo de jogo que já vi, a câmera de Silent Hill é muito diferente de adventure como Resident Evil em que cada cenário tem uma fixa. A câmera de Silent só parece fixa, ela se move com você e até mesmo em um mesmo cenário ela pode ter vários pontos, a trilha é precisa e enquanto Harry se arrasta pelo beco e o mundo vai escurecendo você sente toda a angústia de dar um passo em falso.

Depois que Cybil, a policial o deixa já armado, os bichões começam a te perseguir e você percebe que em Silent Hill não adianta você tentar matar todos os monstros que aparecem na frente, pois eles simplesmente aparecem de novo.

silent - harry  A resposta mais lógica e que qualquer um faria é correr feito e isso que você tem que fazer para permanecer vivo nas ruas da cidade. Os desenhos e rabisco de Cheryl o conduzem pela cidade e revelam a história tenebrosa de Alessa, uma menina que foi acusada de ser bruxa por ter poderes psíquicos, e em função disso foi queimada viva e é mantida viva em algum lugar da cidade. Cheryl e um pedaço de sua alma que desprendeu e quando e unir a Alessa libertara um Deus que subjugará a todos! A história é precisa, muito bem contada e esse é o jogo que tem os sustos mais imprevisíveis. É realmente um game assustador, só faço a crítica de que encarnando o pai angustiado louco para recuperar a filha eu acabei conseguindo final ruim em que eu tive que matá-la!

Para conseguir o final bom eu tinha que me desviar do caminho em um momento chave, salvar um outro cara que só aparece no começo do jogo, para ele me dar uma arma que impediria o surgimento de Alessa/Cheryl e revela-se um outro monstro! Não faz sentido com a lógica de acontecimentos que se desdobraram em minha frente, mas eu tenho que jogar de novo visando conseguir o final normal.

 

SILENT HILL 2 – DIRECTOR’S CUT (2001)silent hill 2

Para mim foi o melhor até agora! Contrariando todas as expectativas quando em seu lançamento. Silent Hill 2 não tem nada a ver com o primeiro capítulo, além de se passar em Silent Hill. O personagem principal é James Sunderland e em dado momento ele recebe uma carta de sua falecida mulher dizendo que o está esperando em seu “lugar especial”, nada menos que a cidade amaldiçoada.

James chega a Silent Hill e já pega a arma mais mortífera de todas, um pedaço de madeira bem forte, Que na minha mão é letal! Dá para correr e bater com ele, quase todos os monstros são detonados com o objeto improvisado, o que já me fez contrariar e lógica do primeiro jogo e matar tudo que se movia! Até se eles voltassem a viver depois!

silent - james

Mas não foi isso que fez adorar essa parte do jogo e sim a história, um tanto mais simples do que a de Alessa e mais pessoal do lado de James, que vai se revelando uma pessoa não tão boazinha no decorrer do jogo. Há muitos coadjuvantes que acrescentam ao sentido final da história: Uma mulher chamada Angela, sempre com uma faca na mão e meio depressiva, um carinha chamado Eddie, que “parece” estar de boa. Uma menina chamada Laura que apronta muitas traquinagens com o personagem principal. O sentido em que todos esses personagens conspiram para é uma eterna danação em função dos crimes que cometeram, todos eles tem um (inclusive James) e são atormentados por isso. Como se Silent Hiil fosse o purgatório.

Há ainda Mary, uma cópia carbono da falecida esposa de James, só que mais…hum…safada. E que vai ter que ser protegida pelo próprio, como uma tentativa de redenção e o personagem mais emblemático de silent Hill: O Pyramid Head. silent - pyramid james

Um ser que não morre, mata os monstro, te mata também e tem uma grande pirâmide no lugar da cabeça, e putz e como ele parece mal! É o juiz de Silent Hill e você o enfrente diversas vezes durante o jogo, inclusive para proteger Mary.

 

silent hill3 SILENT HILL 3 (2003)

Eu gostei bastante, achei o mais difícil. Mas também achei o amis confuso em relação a enigmas e o com menos história. Esse sim é uma continuação direta do primeiro com final normal, no qual Harry mata o monstro e recebe de um espectro de Alessa, um bebê. Dezessete anos depois esse bebê, provavelmente a reencarnação Alessa/Cheryl é a protagonista do jogo Heather Mason. Dentro de um shopping perseguida por um detetive particular ela se refugia em uma loja e encontra m bichão de, pelo menos, quatro metros e essa menina vai passar o diabo nessa primeira parte do jogo com esse gigantes, mais que os dois protagonistas masculinos adultos dos primeiros dois jogos! No primeiro eu tinha que matar as coisas em espaços fechados para conseguir pensar, no segundo era relativamente fácil matar os monstros, aqui eu posso pensar em usar minhas índoles assassinas: Os bichos são muito grandes e nem vou falar dos chefes, é um mais difícil que o outro para devolver ao inferno.

Nas duas primeiras partes do jogo: o Shopping e o Metro. Os mapas são gigantes tem muito mais bichos do que balas no meu coldre, tanto o mapa como os enigmas as vezes tem problemas técnicos e as vezes a câmera tão precisa dos último dois jogos te deixa na mão, quando você não consegue ver o personagem. é basicamente correria e não tem nenhuma história complexa, quando ela finalmente consegue chegar em casa, encontra seu pai, o Harry Mason morto e a responsável e Claudia que diz para procurá-la em Silent, aí sim na metade do jogo é que vamos para Silent hill e temos algum desenvolvimento narrativo. Há mais três partes: o Hospital, o Parque de Diversões e a Igreja. E são mais ou menos como descrevi acima, só que agora a história de Heather desvenda acrescenta mais coisas ao primeiro volume e deixa a história de Alessa muito mais rica. Esse jogo encerra com seu final a história principal de Silent hill.

Os monstros aqui são maiores, mais grotescos e mortais, a grande sacada é a personagem, muito carismática e com frases geniais. O jogo simultaneamente o mais difícil e o mais confuso, mas obrigatório para entender a história de Silent Hill.

silent - heather

Estou indo para o quarto, que se passa quase totalmente dentro de um quarto e tem uma engine totalmente diferente, simultaneamente na primeira e terceira pessoa. A série é muito boa, sua história é fantástica e se você quiser realmente tomar susto e não só matar zumbis, aconselho a jogar , de preferência em um lugar escuro e de noite.

Um comentário:

Bellawere disse...

Só não concordo com uma coisa sobre o Silent Hill 1. O Harry não é mais quadrado que a primeira Lara Croft não... Claro que meu DOSBox me deixe um pouco na mão, mas não é em gráficos lol. E agora falta um post sobre "The Room"