Há algum tempo eu não visito essas linhas por motivos que vão além do que um mero ser humano pode querer: Falta de Tempo/Espaço em meu contínuo existencial. Contudo como adiantei na postagem anterior o Maior evento do Ano se aproximava e como eu tempo uma camiseta da Dharma, me juntei há milhões assistindo licitamente ao último episódio de Lost há alguns dias. Agora que baixamos o filme sem comerciais, legendas e tudo o mais que havia de disponível na minha sexta temporada pirata. E a primeira coisa que quero informar é que essa matéria vai contrariar minha lógica de dar informações diretas sobre as possíveis surpresas que um interessado no assunto pode ter, ou seja, significa que há SPOILERS aqui. Então pare de ler se você não viu o último episódio, se bem que, se não me engano se você não viu já bombardeado por milhões de informações a respeito.
Devo dizer que não estava esperando mais nenhuma surpresa com relação ao sitcom, e seus últimos 15 minutos foram um choque ao vivo. Olhando com mais apuro agora, tudo começava a apontar para aquele desfecho: “Christian Sheppard?” brinca Kate logo no primeiro minuto emendada por um Desmond sóbrio “We have to go”. As pistas pululam e como desde a primeira temporada o pessoal da produção jurava de pé junto que os personagens não estavam mortos, nós engolimos a isca direitinho e nessa última temporada a possibilidade nem passou pela cabeça de nós. Eu devo salientar que eu achei isso genial!! E eu não sou um crente. Devo também informar que quase chorei ao final do episódio.
Em si tudo estava bem definido. Locke/Fumaça-Negra procurava Desmond para destruir a ilha, Jack se tornou um novo Jacob e tem que proteger o coração da Ilha agora, mas ele é ousado e arrisca a própria destruição desta para destruir a fumaça negra e tirar os remanescentes da ilha. Não há explicações sobre que é maldita, que com certeza tiraria muito do charme que o seriado tem, só existe uma luz no interior da ilha que o bem mais valioso do mundo. Na outra realidade em que o avião não caiu, os personagens vão se encontrando e relembrando como foi a vida na ilha, somente Jack que luta contra as memórias involuntárias que os outros suscitam nele. Até o velório do pai em que este aparece e lhe mostra sua vida na ilha e a realidade da situação: Não era uma realidade paralela cientificamente plausível e sim um lugar criado para que todos se reencontrassem e pudessem seguir para outro plano: Eles estavam mortos! É irônico, genial e emocionante já que toda essa cerimônia ocorre paralelamente aos últimos momentos de Jack agonizando mas feliz por ter salvado tudo e culmina em sua morte no mesmo em que começou.
Para mim foi o melhor seriado em muitos anos, algumas coisas ficaram na história com Arquivo X, mas descambou muita idiotice em seu final. Outros como A Sete Palmos são memoráveis muito mais por sua conclusão. O difícil em um seriado dramático é manter o nível em todos os seus anos. Pois depois de alguns episódios a fórmula começa a ficar manjada. Lost mostrou que não é necessário se agarrar aos gêneros ou pode se agarrar todos. Um seriado que começa como um seriado de sobrevivência, mistério com monstros e teorias científicas, pura ficção científica em alguns episódios e não largou em nenhum momento a veia dramática do show e termina como a velha briga entre o bem e o mal, questionando tal como John Locke a crença das pessoas. Podemos dizer que eles se acharam no final, o que dá um novo significado para o título. Podemos dizer que muita gente odiou o final e muita gente amou. 8\80. Não há meio termos, mas pelo nível tão distante de emoções que rodeiam este seriado atualmente só posso dizer que se você ainda não assistiu, assista do começo ao fim. Possivelmente não haverá nada igual na televisão por um bom tempo.
Bye Jack. Nunca foi preferido, ams vamos sentir saudades.
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