Uma breve história dos quadrinhos como gênero cinematográfico.
Existe um novo gênero no cinema que é o já tradicional filme de super-herói, todo o ano temos um pacote inteiro só de obras saídas diretamente da nona arte, inspiradas ou que utilizam recursos gráficos deste. Este ano já vimos Watchmen, Spirit, e vem por aí Wolverine – A origem; Kick Ass; Dragon ball (que é um mangá, mas vamos enquadrá-lo aqui); Justiceiro – Zona de guerra; e mais alguns outros que não me ocorrem agora.
Me ocorreu escrever essa matéria pois faz exatamente 10 anos que essa febre começou, e seu grau de evolução durante essa década é no mínimo interessante dento da história do cinema como todo, tivemos em uma grande maioria os piores filmes já feitos que estraçalharam grandes personagens do quadrinho e também algumas obras que entraram para a história como grandes filmes.
Vejamos antes de 1999:
O melhor:
Super-homem o filme 1979 – Possivelmente a melhor adaptação feita até hoje do homem de aço, em tempos em que Smallville arrebenta 70 anos de história de Clark Kent é sempre bom rever este filme com tom de fábula e com o Marlon Brando com Jor-el.
Batman 1989 – O filme é um legítimo filme do Tim Burton em que Jack Nicholson rouba todas as cenas do filme como Coringa.
MIB – Homens de preto – ( Primeiro) é completamente diferente do quadrinho da Dark Horse, so contrário de Tartarugas Ninja o fato de virar Comédia até ajudou a melhor o quadrinho.
E eu vou para por aqui pois vou força a barra.
O pior: Capitão América – O filme; Hulk contra Thor(sim, isso existe); Spawn; seriado do Flash; seriado(s) do Super-homem; seriado do Batman; Aço; e outros heróis secundário que não significam nada no mundo atual, ah... eu já me esquecendo Batman Eternamente e Batman & Robin, que mostra simultaneamente como destruir uma franquia e estragar um personagem. Ftao é que em primeiro lugar não havia tecnologia suficiente para fazer o homem-aranha pular de prédio em prédio, ou o Super-homem levantar uma ilha, coisas que eles fazem mensalmente na banquinha mais próxima, e os estúdios não queriam se arriscar a fazer algo que não fosse uma garantia de lucro imediato isso até chegar os X-men de Brian Synger, uma adaptação que a meu ver está bem longe do original dos quadrinhos, mas funcionou como atilho para que diversas outras produções entrassem em pré-produção:
pós – 1999. O melhor.
1999 – X-MEN – História simples de matinê, acertaram no papel do Wolverine com o australiano Hugh Jackman, e um monte de gente foi ao cinema.
2001 – Homem-Aranha – E eles conseguiram fazer Peter Parker virar uma Aranha Gigante pular de prédio em prédio de maneira convincente. Nessa fase as histórias são simples, tentam recriar com veracidade os personagens e conquistar o público.
2002- X2 e Homem Aranha 2 – é o melhor filme dos X-men e do Spider, a trama é emocionante, todos os personagens são bem desenvolvidos e as falhas dos primeiros filmes são suprimidas.
2003 – Hulk – Primeira tentativa de se fazer um filme sério com personagens heróicos, Ang Lee é um Ótimo diretor, Jenifer Connely afunda o filme com uma ajuda do Shrek Digital, mas é vale pela intenção.
2005 – Batman Begins; Sin City; V de Vingança – Pode-se perceber que aqui os enredos começam a se tornar mais interessante. A tentativa de revitalizar o Batman foi bem acertada, principalmente pleo fato de mostrar o treinamento deste para se tornar o vigilante mascarado, quase um filme policial. Sin City é auge estético da transposição, três tramas completamente loucas com toques noir imitando com perfeição a estética de Frank Miller e V de vingaça para mim é a primeira tentativa acertada de fugir da fonte e criar algo novo, quem conhece o quadrinho sabe que a trama é muito diferente, mas acerta em um ponto crucial de qualquer adaptação, que é acertar o espírito da graphic novel. Uma trama de FC com um forte subtexto esquerdista contra o preconceito.
2007 – Persepolis - é uma biografia em quadrinhos, sobre a vida de uma mulher durante os anos de guerra civil no Irã. O quadrinho em si já é muito bom, o filme ao ser feito como um desenho em preto-e-branco tem uma aura de nostalgia poderosa também, seri o melhor filme francê do ano se já não houvesse o La vie en rose.
2008 – Homem de ferro; Cavaleiro das trevas – O primeiro encontrou em Robert Downey Jr. O protagonista perfeito para viver Tony Stark, muito parecido esteticamente com os antecessores Homem-Aranha e X-men, tenta ser uma aventura da tarde para toda a família e agrada, mas importante ainda pois coloca a semente de um grande projeto que é levar os Vingadores para o cinema. O segundo é o melhor filme de 2008, e melhor filme saído dos quadrinhos, mas assemelha-se a uma grande trama policial com direito a vilão psicótico e várias reviravoltas, o filme também tem grande crédito pois destrói todas as convenções dos quadrinhos adotadas até hoje, desde o herói bonzinho até a tradicional mocinha em apuros.
2009 – Watchmen, Valsa com Bashir – O primeiro é cópia frame-a-frame do quadrinhos inadaptável, com direito a nudez frontal, sexo, muita violência e um final difícil de digerir. O multiplot dos anos 90 parece que invade o filme, transformando a trama em algo complexo e cheia de alegorias. O segundo é um documentário filmado como se fosse um quadrinho, não para minimizar o caos da guerra e sim para demonstrar como ela é completmante louca.
Podemos esperar um aumento potencial da qualidade desses filmes, principlamente quando a as tramas de formação se esgotarem e quando outros diretores aderirem ao projeto estético que pode surgir do mercado mais criativo da última década. Imaginem ver um filme decente de Do inferno, ou respeitarem a história da Liga dos Cavaleiros extraordinários, toda a contracultura de The Authority ou ver um filme que realmente explore todo o potencial dos X-men, são muitas histórias que podem virar filme, são muitos personagens interessantes no mundo dos gibis e eu além de fã de cinema, sou há muito tempo um fã de quadrinhos, apesar de suspeito para falar acho que é um futuro promissor para grandes obras como o Dark Knight.
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