sábado, 7 de novembro de 2009

FANTÁTICA VIDA BREVE DE OSCAR WAO, de Junot Diaz


“(...)Oscar se trancou no quarto, tirou a roupa no banheiro - já não compartilhando mais com a irmã,, que estava morando na faculdade, a Rutgers -, e se examinou no espelho. A banha! As estrias quilométricas!O corpo horrivelmente tumescente! Parecia ter saído direto de um quadrinho de Daniel Clowes. Fazia lembrar garoto grande e negro de Palomar, o lugarejo criado por Gilbert Hernandez.
Meu Deus!, sussurrou ele. Sou um Morlock.
NO dia seguinte, no café da manhã, ele perguntou à mãe: Eu sou feio?
Ela suspirou. Bom, hijo, você definitivamente não se parece comigo.
Pais dominicanos! Não á para deixar de gostar deles. (...)”


A pior parte do livro é decidir quando eu paro com o excerto. Sério essa cena continua e vai ficando cada vez mais engraçada, o livro de Junot Diaz é uma chuva interminável de bom humor no meio das maiores tragédias. A saga de uma família dominicana contada de maneira à la Quentin Tarantino, indo e voltando no tempo em sua luta contra o fuku, uma espécie de Lei de Murphy eterna que o livro prega como assolação dos males de todos, que é simplesmente o azar nosso de cada de dia e no meio disso um menino que tinha tudo para ser popular e conquistar todas as garotinhas do bairro, pois afinal ele é dominicano, Oscar que atingido pelo fuku acab se tornando um adolescente gordo, ned e fissurado em Senhor do anéis. Nosso narrador é imperdoável, “ Oscar não conseguia disfarçar como eu (ou você) sua condição de otaku, fissurado em mangá” e por isso ele vai ser o eterno rejeitado por um mundo que não lhe pertence, a velha retórica quixotesca tingida com um escrita de cultura pop.
Pelo fato de Oscar ser um nerd, cdf que quer ser o Tolkien latino, o livro é também um redemoinho de referência que nós nerds como eu (E VOCÊ!!!!!!!!!!), vão se rachar de rir, alias a citação do livro é do Quarteto Fantástico (O que Galacticus sabe sobre as vidas breves), o que é, com o perdão do trocadilho, fantástico. A salada poderia ser só essa mas não é, em sua escrita ele confunde as línguas em um portunhol (no original um spanglish) hilário, mistura as décadas, mistura dúzias de notas enormes de história dominicana om sua história simples de um menino que não queria ser nerd, e e´só simples entre aspas, se você não conhecer um pouco dos universos citados e adorados por Oscar você se perde totalmente nas partes com ele ou seu narrador, que só é revelado no final do livro como sendo um personagem e outro nerd, contudo um nerd velado.
Ei Big Bang Theory é a série mais vista no Eua! Nunca se tirou tanto sarro dessa raça estranha, contudo devo dizer que o livro também é uma pegadinha, e aí é que ele cresce exponencialmente para se tornar um clássico. Sua crítica ao estilo de vida e a história da republica dominicana recente é escancaradamente a essência de tanta loucura. Temos duas coisas que se contrapõem, a falta de vida de Oscar em suas experiências mais básicas que sintetizam o que seria a vida com a ditadura fascista imposta por Rafale Trujilho, ou vulgo Ladrão de Gado Frustrado durante mais de 30 anos. Eu saí de mais 300 páginas quase como um expert em história dominicana, e muito emocionado com todas as provações que o sensível Oscar Wao (a origem desse apelido é muito engraçada e duvido que alguém descubra sem ler o livro ) passa até seus momentos derradeiros, em que ele consegue vive finalmente.
De confessar que nunca gostei de livros que utilizassem muito humor, um mesmo filmes assim, contudo esse ano mostra como as coisas podem mudar. Os livros que amis mexeram comigo foram aqueles que mais ri: Oscar, Zazie e Caim. Com eles eu ri horrores e convido a quem tenha interesse em entrar nesse bom humor a acompanhar Oscar nas aventuras da vida e quem sabe até possa entrar em nossa comunidade singela em que anéis destroem o mundo e o personagem mais legal dos quadrinhos tem 1,60, fuma charutos e tem garras de animal. Venha Luke junte-se ao Lado Negro da Força!!!!!!

Nenhum comentário: