quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

2011 – O que esperar no cinema?

 

Um ano novo começa então v ou fazer algumas apostas das grandes apostas desse ano. Ou seja pausa no top de novo. kkkk. Para ver o trailer basta clicar no nome

OS CANDIDATOS A ESTATUETAS

Pelos próximos dois meses teremos algumas certezas de grandes filmes em função das premiações americanas e européias. O novo trabalho de Joel e Ethan Cohen, volta ao western de raiz com o habitual humor negro, é a refilmagem de um clássico de John Wayne, com Jeff Bridges melhor do que nunca na pele de um xerife alcoólatra. espero muito de Bravura Indômita que chega dia 21 aqui. Cisne Negro é um filme do Daren Aronovsky muito similar ao Réquiem para um sonho, é uma viagem psicológica e um filme que segue o rigor do balé. 127 Horas, traz o grande Danny Boyle retratando a história real de alpinista que ficou preso numa montanha por vários dias até tomar uma decisão trágica. Inverno da Alma, é um filme sombrio que sobre a pobreza no Norte dos Estados Unidos. Uma garota de 17 anos tem que achar o corpo do pai, um traficante da área, para não perder a casa que abriga seus dois irmãos pequenos e a mãe doente, entretanto seus próprios familiares não querem que a verdade seja descoberta. Até o momento foi o drama do ano destes que estão no páreo. Ainda há O Vencedor, drama de superação com Mark Whalberg e Christian Bale. E O Discurso do Rei, comédia dramática com o sempre ótimo Colin Firth.

Dentre aqueles não são americanos ou ingleses, devemos receber logo: O novo drama de Iñarritu, Biutiful, sobre um homem á beira da morte (Javier Barden) que precisa rever sua vida, agora sem os roteiros caleidoscópicos de seu parceira Guillermo Arriaga. O ganhador da Palma de Ouro 2010, Tio Boomie, uma fábula que quem assistiu diz ser inesquecível. E o grande filme francês de 2010, Deuses e Homens de Xavier Beauvoir. Mias pra frente há um filme coreano ao qual espero muito: Poesia de Lee Chang-dong, uma meditação sobre a vida que fez muito sucesso na última mostra, mas infelizmente não consegui ver. O novo filme de Lars Von Trier, Melancholia, uma história do fim do mundo vista por quem está terra, muito parecido com o roteiro de O Sacrifício de Tartovsky, mas conhecendo o gênio do dinamarquês pode ser algo bom ou uma bomba gigante. E o novo filme de Almodóvar, Pele que Habito, cineasta que está sempre melhor mantém o roteiro em sigilo mas o segundo o próprio é seu roteiro mais forte e vai marcar o reencontro com Antônio Bandeiras. Gaspar Noé também tem novo filme que deve chegar esse ano aqui, Soudain La vide, é uma viagem LSD…parece que literalmente.

BLOCKBUSTER’S NO MEIO DO ANO

Logo após a temporada de premiações temos os filmes que se pretendem “arrasa-quarteirão”. Nesse ano um é com certeza o filme do ano, o final de Harry Potter, está marcado para Julho e todos os fãs estão com contadores ansiosamente aguardando. Esse ano será bem fortuito com relação aos super-heróis: O Lanterna-Verde mostrou um trailer simpático, Thor continua me deixando assustado com o Kenneth Branagh pode ter aprontado com o herói nórdico. Capitão América – O Primeiro Vingador, ainda é um mistério mas se não acabarem com a história deve ser no mínimo interessante. Ainda destaco Super 8, projeto ainda secreto de J.J. Abrams (Star Trek), é um filme partindo de uma ideia original dele e o cara que criou Alias, Fringe e Lost costuma ter ideias boas. Contudo dois filmes que acho que serão melhores do que seus trailers são Battle: Los Angeles, que parece no mínimo divertido, contudo o Aaron Eckhart escolhe bons projetos para se envolver e parte do roteiro já vazou no plagio descarado do péssimo Skyline, em que tudo está errado. E Priest, a adaptação do mangá, parece visualmente melhor do que eu imaginei a princípio.

APOSTAS PARA DECEPÇÃO DO ANO

Aproveitando continuemos nos blockbusters com aquilo que eu aposto que é ruim ou irrelevante: Amanhecer – Parte 1, é lógico que vai fazer sucesso entre os fãs e vai bater recordes, mas ao contrário de outras séries ninguém está interessado em fazer algo minimamente bom em termos artísticos, então… Piratas do Caribe 4, é o filme que estréia o quadro; PRA QUE MAIS UM?!? As duas continuações do original já foram mais fracas, esse então... Aproveitando vem por aí também, Pequeno espiões 4, que já devem estar casando e Premonição 5, que prova que a morte está realmente sem nada o que fazer, alias, ela é um inimigo imortal (!) acho que vou ver continuações até meus 80 anos… Eu já perdi a esperança de ver um filme bom dos X-men enquanto a Fox estiver com os direitos, X-MEN: First Class não me inspira confiança, nem mesmo mais um reboot em Planeta dos Macacos, que deveria ter ficado no primeiro e só. Agora haverá um prequel: Rise of the Apes. Agora nós temos as coisas ruins que não se importam em ser boas, mas isso é a proposta: Piranha 3DD, com essa hipérbole no nome deve trazer maiores piranhas, peitos, sangue, pessoas nuas e muito mais gore. Uma série que por mais que cada filme tenha 2:30 não se importa em ter um roteiro são os Transformers, no terceiro capítulo Dark side of the moon (que original) fato é que só os carros se transformando em robozões movimenta as platéias.

FILMES MAIS ESPERADOS POR MIM

Logo de cara aposto em Joe Wright, um diretor muito interessante liderando uma atriz mirim muito boa em Hanna. Ainda no começo do ano Zack Snider apresenta a sua primeira história original muito similar a famosa Alice, inspiração da maioria dos mundos mágicos-góticos contemporâneos com Sucker Punch – Mundo Surreal, visual tem, contudo Zack normalmente fica devendo na dramaturgia das personagens.

A volta de três grandes cineastas também é muito aguardada: Terrence Mallick, que volta e meia some, traz seu ainda obscuro Árvore da Vida, Soddenberg volta à la Traffic com elenco gigante e uma história cruzada sobre uma epidemia que atinge níveis globais em Contagion, e mais aguardado por mim e também ainda obscuro a volta de Andrew Niccol em Now, o diretor criou um clássico de FC moderna em Gattaca escreveu o Show de Truman, e ainda apresentou o subversivo Senhor das Armas como último trabalho.

No final do ano temos três grandes com projetos que tem tudo para ser fantásticos: Clint Eastwood volta aos dramas históricos com J.Edgar, a biografia do polêmico chefe do FBI, que ele já alfinetara em A Troca. Steven Spielberg volta as telas com a primeira adaptação do detetive belga em Tintin e o segredo Licorne. E o mais esperado é a adaptação cinematográfica de um dos meus livros juvenis preferidos: A Invenção de Hugo Cabret, por Martin Scorsese.

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