domingo, 29 de janeiro de 2012

Uncharted 2: Among Thieves

 

U2_NA_cover Eu não conhecia a série pra ser bem sincero, até alguns meses atrás em que o terceiro exemplar saiu e até o dia de hoje é o jogo-do-momento, mas fiquei realmente curioso quando vi que os dois precedentes também tinham sido o jogo-do-ano em 2007 e 2009 respectivamente. Eu conhecia pois ele é exclusivo par Playstation e eu sou adepto da Sony há alguns meses. Fiquei ainda mais interessado quando uma fonte  é confiável informou que maneira como se conta a história em Uncharted é que era o verdadeiro diferencial, pela riqueza. Vi o trailer do primeiro, e já me veio a cabeça o inconfundível paralelo com minha musa Lara Croft… lugar comum. Vi o começo do segundo, e caiu o queixo… sabia que tinha que jogar isso rapidamente para xingar o excesso de rasgação de seda… ou louvar como um jogo fantástico.

Estamos aqui para Louvar.

o começo desse jogo que cativou bastante é o seguinte. Você é Nathan Drake, aventureiro e azarado, que acorda num trem destruído, com um rombo na barriga e fala: – A lot of blood, a lot of my blood (Sangue…Um monte de sangue meu), quase que rindo da sua desgraça. Mas não acabou, você descobre na vertical da pior maneira possível, quase caindo no precipício. E o seu tutorial vai ser tentando escalar o trem com coisas dando errado a todo momento. Que maneira de te colocar no mundo de Uncharted.

Salvo. Você vai regredir no tempo para descobrir como chegou até aí. uma mulher chamada Chloe (hot), contratou você e seu “amigo” para roubar uma relíquia de Marco Polo, o xis da questão é que o artefato tem a localização de um artefato de Marco Polo, que mais tarde você vai descobrir ser a chave da cidade mítica de Shambala. Você ser traído pelo seu amigo, que trabalha para um neo-nazi que quer descobrir uma relíquia de Shambala que pode torná-lo invencível. Esse em linhas gerais é o esqueleto. Como essa história é contatada e como o personagem de Drake é bem  construído, são coisas que eu não tinha visto em nenhum jogo até o momento.

Você está entre ladrões, então em dado momento você não confia em ninguém. A Chloe é uma anti-heroína que toma atitudes duvidosas o jogo inteiro. Você encontra seus amigos do outro jogo. Incluindo seu affair Elena, que causa um triangulo amoroso engraçado. Pessoas morrem de verdade. E Nathan Drake é um cara muito engraçado, não chega a ser um fanfarrão como Dante ou Bayonetta, mas há um bom humor palpável no dia-a-dia de sua busca, em seus momentos mais tensos ele fica sério e heróico, ele é um personagem com profundidade. Mérito a seu dublador Nolan North, que além de fazer um desempenho fantástico, tem uma técnica interessante da Naughty de fazer o ator jogar o jogo, e ir gravando no improviso falas durante certas ações e incrementá-las ao jogo. Então mesmo no gameplay Nate é um personagem falante, com personalidade que está nos dizendo coisas, e piadas com base naquilo que estamos fazendo. é uma maneira muito interessante de criar uma faceta para um personagem virtual,  pois a maioria é descrita nas animações, Não fala ou Fala coisas programadas.

Aí chego a um ponto que eu sempre achei, mas nunca tinha visto na prática executado de maneira tão interessante. O video-game é também uma maneira de contar histórias, a maioria só se prende a ação, que o meio, a interatividade buscada nos games, mas não é desculpa para se deixar de lado a história. Ou pelo menos não é mais. Tomb Raider que eu amo, é um jogo fantástico, cuja a história é mínima pois naquela época (1995) ter CGI’s era mais complicado e os poucos que o jogo tem, contam uma história que já escapava dos padrões tradicionais por ter uma reviravolta e não ser somente um telinha descrevendo o que aconteceu. No mundo atual temos Heavy Rain, que é um jogo ainda mais cinematográfico e esta série Uncharted que tem várias cut-scenes e nenhuma é dispensável ou gratuita.

Mais do que isso, o jogo é uma delícia de jogar. Os cenários, assim como em Tomb Raider e em jogos de aventura, são lindíssimos. A trilha sonora empolgante e várias coisas diferentes para fazer que não resumem o jogo somente em escalar e atirar. Em uma fase você tem que passar por vários guardas se escondendo, em outra é escalar um trem em movimento, em um momento você tem que carregar um amigo ferido, no meio de um tiroteio, o que diminui sua velocidade e possibilidade de mira, em outro ponto você tem pular de carro em carro para escapar dos vilões, fugir de uma metralhadora totalmente desarmado, proteger a fuga de seu aliados. São várias coisas a mais que jogo oferece e é envolvente pois a cada novidade você diz: UAAAAAAUUUUUUUU!!!!

A Jogabilidade é excelente, mas assim como Tomb Raider não dá para entender alguns pulos (alias, se há uma falha é essa, as vezes Drake desafia as leis da física, em outras ele morre por cair de quatro metros), mas de resto Uncharted é realmente um jogo excelente e acho que historicamente já é uma evolução em como contar histórias no video-game.

Veja o gameplay, preste atenção nos improvisos e no Marco Polo.

 

NOTA 10/10

P.S. Agora preciso jogar o primeiro, que é difícil de achar e o terceiro, mas está tão caro ainda. :)

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