quarta-feira, 2 de setembro de 2009

LADRAO DE RAIOS, Rick Riordan


“De certo modo é bom saber que há deuses gregos lá fora, porque aí temos alguém para culpar quando algo dá errado. Por exemplo, quando você está se afastando a pé de um ônibus que acaba de ser atacado por bruxas monstruosas e explodido por um relâmpago, e ainda por cima está chovendo, a maioria das pessoas acha que isso é muita falta de sorte – quando se é um meio-sangue, a gente sabe que alguma força divina está tentado acabar com nosso dia”

As viúvas, viúvos e amantes renegados de Harry Potter tem um novo pivete para sofrer com, o nome dele é Percy Jackson, ou Perseu Jackson para os mais íntimos, e nova série de livros de fantasia se inicia com este Ladrão de Raios em que sai a bruxaria e trouxas, e entram a mitologia grega e esses seres humanos que veem as coisas como melhor os convém. Esse livro é engraçadíssimo do começo ao fim e é perfeito para ser adaptado para o cinema vide que não passa um capítulo sem que monstro tentem transformar os protagonistas em pudim, contudo está longe de ser perfeito ou esconder uma certa inspiração descarada. Um leitor de 11 ou 12 anos vai se divertir horrores, enquanto aqueles que crescerem acompanhando o bruxinho, ou que tem uma vivência maior com fantasia vão se perguntar em certos “mas isso não é óbvio?”.
A história gira em torno de um menino que é um péssimo aluno, sendo sempre expulso das escolas e nunca tirando boas notas, até que uma professora tenta matá-lo e ele é expulso da 6 escola em 6 anos. Vive com uma mãe que o ama muito e um padastro horrível. Logo se descobre que ele é um semi-deus e sua mãe morre, ele vai para um acampamento de semi-deuses onde encontra um sátiro que é seu guia e extremamente estabanado e uma menina que é filha de Atena.
O grande trunfo do livro é a narração em primeira de Percy contando tudo isso, isso porque ele é deliciosamente cínico, sarcástico e por vezes irônico. Segura o livro no braço xingando Zeus, desafiando Ares e outras façanhas. A missão concedida a Percy com sua chegada (ele não deveria existir) e recuperar o Raio mestre de Zeus que foi roubado por algum ladrão, possivelmente a mando de Hades, antes de dez dias pois senão os deuses vão guerrear e aí nós pobres mortais. Em matéria de aventura, não acaba nunca tendo algumas reviravoltas bem boladas e a revelação de um novo inimigo.
Agora vamos a três críticas ao livro: 1- Pessoalmente, entendo fato do autor ser americano e por isso ele situa várias passagens em que ele explica porque os gregos estão na terra do Tio Sam, pois atualmente é o”berço da civilização ocidental”. Ok. Mas é irritante. 2- Ele poderia ter ousado mais ao reconstruir o império olímpico nos dias atuais. Basicamente todos os personagens deuses e monstros não mudaram em 3,000 anos. É politicamente correto a ponto de sempre que possível não confundir os deuses com Deus. O que deve fazer seu livro não entrar nas tradicionais toras de Igrejas conservadoras. 3 – O único erro estrutural, é criar uma profecia em que você desconfia que sabe em menos de1/4 do livro, confirmar ela em ¾ e o personagem demorar mais 9 meses para cair a ficha e dizer putz, é mesmo. Esse mistério não deve funcionar nem com crianças de 10 anos. Mas devo lembrá-los que o primeiro Harry Potter é relativamente bem fraco em comparação com os volumes a partir do “O prisioneiro de Azkaban”, e a série nos States já tem 5 volumes, então vamos com Percy Jckson pelo caminho torturoso de um herói.

Um comentário:

bones disse...

eu gostei e achei maravilhoso que tudo terminasse do jeito que eu esperava antes da página 100.
Demorei pra ler, isso sim, mas ai foi sua culpa de colocar tanto livro junto na minha frente!!!
ainda faltam quatro, juro que so pego outro depois desses quatro. bjus