Este filme foi o ganhador do festival de Sundance deste ano, é um dos principais concorrentes da temporada de prêmios americanos do começo do ano e é uma história, sobretudo, fascinante.
“Precious” é uma menina de 16 anos, negra, obesa e grávida do segundo filho. A escola faz uma expulsão educada com a menina enviando para uma escola de indivíduos excluídos onde ela pode tentar recomeçar, isso é se ela própria e os demais acreditarem nela. Contudo o pior pesadelo de “precious” não é essa vida e sim o confronto com uma mãe dominadora e terrível, interpreta da brilhantemente por Mo’nique, que parece existir somente com a função de destruir a menina por dentro.
É um filme que trata de questões muito delicadas como analfabetismo adulto, miséria, abuso sexual, incesto, AIDS e um sofrimento crescente na qual a personagem de Gabourey se encontra ao longo dos 120 minutos de projeção. Contudo sua abordagem não é assustadora, pelo contrário o filme passa por esses caminhos sem tornar estes os temas principais do longa. Sua temática é a relação desta menina abusada com uma mãe tirânica, sua força está nesse confronto, belamente retratado de uma forma quase documental.
Aos cinéfilos que adoram procurar coisas estranhas, além das atuações contida e explosiva das duas protagonistas. Fica marcante a presença dos coadjuvantes a começar pela professora que tira “precious” do fundo de sua auto-depreciação, passando por todas personagens da classe, cada uma desenvolvendo uma personalidade específica durante seu pouco tempo na projeção, e também destaco as participações especiais de Lenny Kravitz, como o enfermeiro do hospital e uma irreconhecível Mariah Carey como a assistente social durona. Sério. Creio que Mariah pode ser uma atriz muito melhor que a companheiras de profissão Jennifer Lopez ou Madonna. Nada mais lógico em um filme em que o contato humano é essencial para o desenvolvimento da trama, na verdade essencial. Vale o ingresso, especialmente porque a cena final de MO’nique é de arrepiar.
Preciosa estreia dia 29 de janeiro.
Um comentário:
um filme pra chorar. mas o que me fez gostar foi a fantasia logo na primeira cena; tapete vermelho, fotografos... será que vamos ver isso no Gg ou no oscar????
e uma pergunta ? com quem ela sonha quando entra nesses delirios, é sempre o mesmo garoto mas não o vi na vida dela.
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