sexta-feira, 10 de julho de 2009

FLIP 2009: 3°, 4° E 5° DIAS. ESCREVER EM PARATY ERA LOUCURA

E seria mesmo, não tinha tempo para coçar uma pulga, o primeiro texto saiu em 5 minutos do resto da minha janta, e nunca mais... enfim, descansado (dormi 21 horas em dois dias para repor os dia não dormidos direito), alegre e feliz, vamos fazer um balanço: 3° dia nublado em sem graça foi aquecendo em velocidade crescente, a começar a Mesa 6, era a velha mesa de poesia que já é tradicional: Angelica Freitas, Heitor Ferraz e Eucanaã Ferraz não conseguiram atrair mais adeptos para a velha arte, mas satisfazeram os amantes tradicionais. Edna O'Brien, não conseguiu atrair muitas atenções, talvez por que sua obra mais emblemática e polêmica nunca fora traduzida (Country Girls). A Mesa 8 foi de Atiq Rahimi e Bernardo Carvalho, e foi uma discussão interessante quando focada na repressões afegãs enfrentadas pelo primeiro que alias é muito simpático. A Mesa 9 teve o estranho Bellatin e suas próteses estranhas comentando a fragmentação de sua escrita, com a bola da vez Cristovão Tezza e ainda houve distribuição do primeiro capítulo do novo livro deste que só será lançado em 2010. Fazer propaganda é bom e quando Milton Hatoum e Chico Buarque entraram em campo para encerrar o dia, a mulherada foi as alturas e poluição sonora bateu recordes em Paraty.
4° dia – o Mais interessante de longe começou com Alex Ross, comentando a música do Século XX . Depois entre tapas e beijos Sophie Calle e Gregoire Bouiller roubaram a cidade para si ao expor sua relação conturbada com direito a vinhos escondidos por anos e cartas de rompimento sendo enviada para animais, no final fizeram as pazes e a mulherada caiu no teatrinho dizendo “Ele não é tão mal”. Anne Enright e James Salter foram duas agradáveis surpresa. A entrevista com Gay Talese levou a rumos inesperados e e comentários biográficos que podem ter deixado o pai new journalism constrangido. Lobo Antunes foi o segundo furacão a passar pela zona litorânea e apesar de ter autografado mais que o Chico foi mais frio com o público.
5° dia – Foi fim de festa Catherine Millet não é tão polêmica quanto a propaganda que se faz em torno de sua obra, Simon Schama fez uma mesa simpática antes dela mas a única coisa que me vem na cabeça são suas imagens na festa da noite passada, contudo “o que acontece em Paraty fica em Paraty” e não vou expor o jornalista inglês. Edson Nery da Fonseca e Zuenir Ventura fizeram a mesa mais voltada para os estudos bandeirianos já no fim de festa, mas foi a Flip mais interessante e com mais atividades para o grande público. Depois eu desmontei uma livraria pela madrugada e fui dar uma de Simon Schama na festa dos Flippeiros. Ops escapou.

Um comentário:

bones disse...

fofoqueiro. Da festa que é bom não contou nada.
Tenho um selo pro seu blog lá no bones-cinema-tv. Veja dessa vez.
bjus.