sábado, 30 de maio de 2009

TOP 10 LITERATURA INFANTIL










A literatura Infantil evoluiu em quantidade e qualidade a cada ano. Qualquer editora que se considere grande tem meia dúzia de títulos infantis em seu catálogo. Faço feira de livros há 3 anos e meio, quase na sua maioria de livros infantis e estava percebendo que meu blog estava excluindo da sua crítica esse segmento. Pois em, vamos fazer justiça dando um top 10 para os títulos infantis mais significativos na minha opinião. Não há nenhuma ordem específica, gosto de todos os livros e poderia fazer um top 100 com a maior facilidade, contudo eu quero segmentar aquilo que me toca de verdade, e sendo que este é top 10 meu, vai ter 11 títulos:

Homem que amava Caixas, Brinque-book
Havia um menino que amava o pai, mais do que tudo, ficava com ele, brincava com ele, sentava-se ao seu lado, contudo o pai só amava caixas. Sse menino vai ficar desiludido, contudo o pai vai conseguir demonstrar como o ama.


Menino monossilábico, A girafinha
Era uma vez um menino que só falava monossílabos: Sim, Não! Até que um dia apareceu um bebê que não parava de falar, e era sua irmãzinha. Descobriu que o menino era assim porque não tinha ninguém para falra com ele. P.S. O menino monossilábico é o meu irmão.

Quando mamãe virou um monstro, Brinque-book
As crianças aprontam demais nesse livro e mamãe começa a lentamente ficar verde, criar trombas, soltar fogo, criar um terceiro olho, até por fim virar um monstro e aí saí da frente!!!! Incrivelmente, são as mães que adoram esse livro.

Halibut Jackson, Martins Fontes
Talvez o mais estranho da seleção, para mim é um clássico. Halibut Jackson tem muitas roupas sempre usa uma que se misture com o lugar em que ele está, para que ninguém o veja, até que um dia ele erra a roupa e todo mundo nota nele. Halibut Jackson cest mói!

Flicts, Melhoramentos
Ziraldo é o melhor autor infantil brasileiro para mim. Nesta fábula ele inventa uma cor chamada Flicts, ela não utilizada em nenhum lugar e as demais cores zombam dela, sua história e triste e alegórica até ela se tornar maior que todas as outras, na formada Lua.


Fico a Espera, Cosac&Naify
Pequeno livro que se constitui basicamente com a seguinte frase Fico a espera de..., e traça por meio de sua lírica um panorama sobre a vida do personagem desde o nascimento até a velhice. É lindo, quase um poema em prosa. Divertido, inteligente e emocionante.

Jujubalândia, Brinque-book
Eu não me daria bem nessa terra mas é divertido imaginar que ela exista: Em Jujubalândia,a terra dos doces, Sonho nosso herói vai se unir com seus amigos, Brigadeiro, Maria-mole entre outros para salvar os vovôs da bruxa Anoréxica. Mais original impossível.

Belinda, a bailarina, Ática
Adoro livros sobre diferenças, esse no caso é uma homenagem a uma bailarina cega. Belinda é uma bailarina que tem pé muito grande e todos dizem que ela não pode dançar balé. A partir daí ela vai demonstrar que com a força de vontade tudo pode se realizar.

Mania de explicação, Salamandra
Uma menina pergunta de tudo e a graça do livro está nas explicações divertidas e poética que Adriana Falcão dá a coisas cotidianas e sempre difíceis de se definir.

Você Troca?, Moderna
Você troca um tutu de feijão, por tatu de calção? Essa w outras engraçadas brincadeiras com palavras estão nesse livro que todas as crianças e adultos adoram!


Da pequena toupeira que queria saber quem fez cocô na sua cabeça, Cia das Letras
A coitada do título recebeu recebeu bem no meio de sua nuca um excremento fresquinho. Sua saga para procurar o culpado é hilariante e as múltiplas formas de cocôs que encontra pelo caminho fazem deste livro preferido das crianças, em especial dos meninos que gostam de coisas nojentas.

Meu amigo Jim, Cosac&Naify
Um passarinho encontra outro chamado Jim, aí ele se mudapara a ilha de Jim, começa a viver com ele e passa a vida na companhia deste amigo, apesar das demais pessoas desaprovarem esse amizade. É um livro sobre o preconceito e sobre a homossexualidade, um dos mais inovadores que já li.

Agora não, Bernardo, Martins Fontes
Bernardo tem uma pergunta, mas ninguém quer responder pois estão ocupados. Até que ele encontra um monstro que dar atenção para Bernardo devorando-o, ele começa a viver a vida de Bernardo e ninguém nota que o filho se tornou um monstro. Engraçado e sombrio, para o público adulto tem a mensagem de que se você não der atenção para seu filho ele pode virar um monstro.

Casa Sonolenta, Ática
Havia uma casa em que todos dormiam, desde a avó até o gatinho, ela era uma casa que vivia na noite, até que um acidente mostra uma nova face dessa casa

Mundinho, DCL
Já é um livro antigo de letra bastão, mas é um livro lindo. O Mundinho vivia num espaço enorme até que personagens pequenos vem habitá-lo, ele fica feliz pois estava sozinho, mas começa ficar triste pois ele começa a ser destruído até que alguém tem a idéia de que precisa salvar o Mundinho.

Árvore Generosa, Cosac&Naify
Nesse conto um menino ama a árvore até começa a crescer, a partir daí ele começa a pedir coisas a árvore até dela não restar um toco e ele não ser um senhor. A árvore nunca se recusa a dar nada para o menino, pois ela o ama mais que tudo. Uma alegoria da mãe, ou da vida, é sempre emocionante.

Pote Vazio, Martins Fontes
Era uma vez um reino em que o imperador deu um pote para cada criança do reino, quem conseguisse em uma ano de cuidados criar a planta mais bonita Iria ser o sucessor dsete reino. O drama é que o personagem não consegue criar o livro inteiro um planta e vai ocm um pote vazio no dia da escolha, e enquanto os outros tinham flores maravilhosas ele herdou o reino, pois o rei tinha dados potes vazios para todos.

Ok! Foram 17, mas eu tentei.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

LITERATURA: NOVA YORK, Will Eisner



É oficial, estamos vivendo a era de ouro dos quadrinhos, embora tenha começado nos anos 80 quando a Santa Trindade revolucionou o gênero inovando o gênero dos super-heróis ao mesmo que o destruíra por completo (Alan Moore), ou criando um novo estilo ao combinar mitologia, cultura pop e horror (Neil Gaiman), mas a grande inovação veio através do cronismo social e da carga dramática que Will Eisner trouxe ao conceito.
A Cia. Das Letras lançou este mês um novo selo chamado Quadrinhos na Cia. Onde estive presente para o lançamento e pude ver como a evolução da nona arte está em pleno progresso. Se cresci onde o ideal de quadrinhos nacionais era a Turma da Mônica, e a Morte do Super-Homem era o grande acontecimento que todas as bancas brandavam pela esquina em formatinho e Sandman só era visto em sonho, no novo milênio a Turma da Mônica virou um mangá adolescente onde Cebolinha e dita cuja, finalmente ficaram, se vão ficar até “os finalmente” é mais improvável, mas já uma evolução, e me lembro claramente quando o formato americano finalmente substituiu aquele formato feissimo, e os nomes citados acima, na realidade presente não são ilustres desconhecidos. Neil Gaiman atraiu milhares de fãs na última Flip, incluindo a minha pessoa e ficou autografando por 5 horas e meia e, novamente, eu estava lá, FORAM 5 horas meia. Agora uma das melhores editoras ancionais, resolve entrar com força nesse mundo e carro chefe é o Nova York.
Se adoro o trabalho de Moore antes mesmo de saber quem ele é, e o Neil Gaiman sempre me fascinou, devo confessar que esse é o primeiro Eisner, não me sinto a vontade falar como se conhecesse há muito tempo, mas vou falar que não poderia haver caro chefe mais poderoso que o livro em destaque, que é uma compilação poderosa de 4 Graphic Novels (Termo criado por Eisner) durante a década de 80: Nova York – a vida na grande cidade; O Edifício; Tipos Urbanos; Pessoas Invisíveis.
A crônica urbana é o centro do poder de Eisner, a maneira como ele condensa em poucas páginas situações cotidianas, por vezes irônicas, por vezes trágicas e sempre esmagadoras, é incrível do ponto de vista técnico. Seus traços são fortes, ele desenha expressões com um nível de detalhe fascinante mesmo assim elas ficam no meio termo entre uma caricatura e um desenho otográfico, e ainda consegue dar vida ao concreto de suas paisagens urbanas. Suas histórias são microcontos, em um ponto temos um bêbado patético versando sobre o amor, um homem que sente tantos cheiros que não sente o incêndio em seu apartamento, que estão na ordem do absurdo do sátira engajada, ao mesmo tempo nos deparamos com situações cotidianas de ver estranhos no metro e imaginar todas uma história com a pessoa, mas a grande força do livro vem das histórias fortes que nos botam para pensar como a de uma mulher que alimentava seu filho com a água do hidrante, até que fecham para sempre a fonte de vida dessa mulher, todos que leem essas duas páginas ficam aterrorizados com a força e esperteza do traço de Eisner.
Nova York – A grande cidade é uma ótima introdução, tem 1/3 do livro inteiro e tem muitas situações diversificadas ainda que organizadas por temas, tem a maioria dos microcontos que citei e em muito quadrinhos não há fala o que é impressionante.
O edifício – é o mais fraco na minha opinião, conta história de um edifício que foi demolido dando lugar para outros da perspectiva d 4 fantasmas que tem suas vidas narradas. Eles nunca fizeram nada na vida de orgulho e padecem ao pé do novo edifício, contudo é a graphic que tem o final mais otimista, talvez por isso eu tenha achado um pouco irreal. Na verdade totalmente.
Tipos Urbanos – é o mais legal, quatro grande blocos de pensamento organizam os contos que tem a narração socióloga de Eisner.
Pessoas Invisíveis – é a história maior, são três personagens que tem diferentes tipos de invisibilidade, e demonstra que o personagem de Eisner a essa invisibilidade, e é totalmente trágico.
Livro ótimo até para quem não gosta de quadrinhos, o que é um preconceito muito besta que cresceu ao ponto de enfiarem um quadrinho adulto na segunda série, com a única justificativa de ser “quadrinho” (????????????). Quadrinho é arte. E duarnte o ano veremos mais grandes obras sendo publicadas. Acompanhem.

domingo, 24 de maio de 2009

LITERATURA; ZAZIE NO METRO, Raymond Queneau

Raymond Queneau não é conhecido no Brasil, alias eu nunca tinha ouvido falar nesse autor antes od livro em destaque, o que é realmente uma pena considerando que ele é do círculo de amizades de George Perec, um dos autores mais insanos que eu cheguei a ter contato, e que pela pequena biografia de posfácio que eu li, ele tem muito a acrescentar para a literatura mundial. Zazie é um anti-romance e uma pegadinha maldosa e genial.
O enredo é simples e decorre em uma período de tempo curto, relata a visita de Zazie a seu tio Gabriel em Paris durante um greve de metro, o fato irônico é que a única coisa que Zazie queria fazer era passear de metro, a pobre garota não tem mais nada que fazer a não ser infernizar todos a seu redor! Zazie é uma garota e totalmente sem educação, a cada meia página sai uma pérola de sua boca com a intenção de irritar quem esteja a seu lado. Seu tio é um homem que dança transvestido de mulher em uma boate gay, casado com um mulher que pode ser lésbica, tem uma vizinhança estranhíssima com direito a um papagaio com lampejos de sabedoria e um vilão de várias faces que aparece por todo o romance e uma viúva patética.
Sim, é um livro engraçado, mas não do tipo que te faz garalhar, mas daquele que te deixa com um sorrizinho nas extremidades da boca ao ver tantas situações inusitadas se acumulando a uma protagonista que é um ser surreal. Escrito em 1959, ele claramente se centra na classe proletária da França, nas pessoas comuns e em suas peculiaridades, o povão por assim dizer, e há um certo toque de crítica ao totalitarismo de uma classe oprimida como fica claro no final. Esse é o grande trunfo a obra, ela une o cômico ao sério e não faz um distinção clara de onde começa “a realidade” e onde termina a sátira de costumes, até seu final bombástico tem os dois elementos unidos, com a única diferença que a realidade por um momento se sobrepõem ao non-sense e com isso Zazie termina seu itinerário dizendo “Envelheci”, e é onde temos total compreensão da obra, tamanha a sua força. Grande literatura e Raymond precisa ter seus outros títulos traduzidos para o português.
P.s. Só para puxar um pouco o saco de uma de minhas editoras favoritas, é um linda edição do livro que parece ter sido impresso em vários cartazes antigos que ficavam no metro, um contra capa que é um poster e papel especial que lhe permite ver os 96 desenhos. Ainda posfácio do grade Roland Barthes. Recomendadíssimo para quem ama um bom livro, e para quem gosta de livro-objeto.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Da eterna briga entre inimigos antigos

E logicamente estamos falando da literatura e do cinema, inimigos mortais em artes distintas, amantes ideais na criação artística, parece uma relação amorosa moderna. Sempre um livro se torna um filme é uma expectativa crescente que ele se iguale a obra original, quando não ultrapassa: O chefão é um romance normal, o filme de Coppolla é maior obra-prima da década de 70. Senhor dos anéis tem um sucesso similar em letras ou em imagens, quando a obra literária é muito admirada repetir o sucesso é mais complicado mas não impossível, mas tudo se facilita quando o texto desconhecido de Arthur Schnztler vira uma obra de Kubrick, e é tão perceptível quando Eragon, vira... Sessão da tarde!
O primeiro livro adaptado de Dan Brown foi o Código da Vinci, e foi em termos de obra cinematográfica autônoma, uma experiência arrastada para as platéias do mundo, o que não impediria de ser um filme legal, contudo por seguir o texto do livro capítulo a capítulo perdia muito de sua força nas telas, e muito porque metade do mundo já conhecia a história.
O segundo livro a ser levado para a telona é Anjos e demônios que aprendeu a lição do Código e deixou a trama extremamente rápida e agradável para o expectador a procura de um bom filme de ação, contudo tirou muito o texto original não se tornou nada mais que um bom filme.
É quase uma obsessão masoquista a questão da comparação, no grau mais íntimo sabemos que a transposição de uma arte para a outra é uma questão de adaptação, que um filme nunca poderá ser um livro e vice-versa. Mas aqui estamos nós criticando o Código por respeitar demais, e o Anjos por cortar de mais.
A História do filme se passa após os eventos do Código, Robert Langdon, o personagem de Tom Hanks, não é a pessoa mais querida do mundo Cristão, com sua teoria sobre Maria Madalena e linhagem de Jesus, mas incrivelmente o vaticano lhe requisita ajuda, uma vez que tem uma bomba de anti-matéria pronta para enviar a cidade-país ao céu, e cardeias desaparecidos sendo assassinados um a um até o derradeiro momento. Langdon tem que seguir uma trilha escondida por Roma para tentar impedir a destruição da cidade em menos de seis horas, e para isso tem a ajuda de uma cientista ligada a anti-matéria, um camerlengo simpático e toda a guarda de segurança do papado para o apoio, contudo o assassino é só um e mortífero. É um ótimo suspense com indagações teológicas, se mantém constante na direção e no ritmo, sendo que que algumas explicações muito resumidas podem ser o defeito estrutural mais incomodante. No todo o filme cumpre sua função de entretenimento inteligente, com algumas reviravoltas que o mestre Brown soube colocar bem em seu livro. Aqueles que lerão o livro é que vão sentir um pouco a perda de certos elementos da história assim como o empobrecimento de alguns personagens.
Robert Langdon é action-hero mais improvável que apareceu nas salas de projeção, um professor de simbologia cultíssimo salvando o mundo seria lago mais estranho que o professor de antropologia que vira um Caçador de tumbas nos fins-de-semana. Pontos para Tom Hanks que abandona o cabelo feio e faz seu personagem, em uma evolução natural, se tornar mais valente até que o idealizado primeiramente, há mais calor humano e emoção no filme e no Robert também. A atriz que interpreta Vitória Vetra, perdeu muito em relação ao livro, sua personagem não tem personalidade e é só um enfeite dentro do filme, isso se você gostar de estrangeiras anoréxicas, mas é bonitinha. Os demais coadjuvantes tem uma participação boa e dentro dos limites de seus personagens, contudo a interpretação de Ewan McGregor, como camerlengo Patrick é muito boa sendo que seu personagem foi o mais mutilado da transposição. O camerlengo do livro, Carlo, seria um personagem extraordinário e difícil para qualquer ator, sua versão cinematográfica é bem mais plana, mas ele encontra um equilíbrio perfeito entre a tensão do personagem e sua calma exterior. Devo tirar o chapéu para o Ron Howard também, que é um diretor que pessoalmente eu acho muito superestimado mas que indubitavelmente sempre faz um bom trabalho, aqui ele fez da cena de explosão uma das mais lindas que eu vi no cinema e não teve medo de corrigir todas as falhas estruturais que o primeiro exemplar tinha.
Mas que o livro é melhor, tenha certeza que é. Alias The Lost Symbol saí em setembro em terras yankes, Robert Langdon não morreu e acho que a cine-série também não.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

2 ANOS: ESCREVER É PRECISO



Hoje faz dois anos que criei essa loucura. Gosto de pensar que é uma loucura, pois tento escrever coisas que tem relevância para mim e divulgar para todos que me leem, espero que sejam relevantes para estes também, mas o principal motivo dessa comemoração é a história que esse blog tem, caso olhem para o histórico verão que há uma discrepância gigantesca entre as publicações, principalmente se forem ver as que são de minha autoria. 2007: 7 artigos (3 minhas, 3 da bones e 1 bellawere) . 2008: 22 artigos (13 da bones e 9 minhas) e em 2009 até o momento 32 artigos e contando, não sei até quando meu fôlego continuara mas como é bom escrever algo por que você gosta e por que, ainda que haja alguma utopia envolvida, talvez suas ideias sejam partilhadas e discutidas.
Isso, meus amigos, porque queremos que certas pessoas leiam, por que quando partilhamos as coisas estamos mais próximos uns dos outros. Em uma aula na faculdade discutíamos como a Internet destrói o processo de pesquisa escolar, como as pessoas desaprendem a escrever pois nem leem o que colocam na rede, e como as pessoas não se socializam mais, só ficam conversando via msn, etc... ou seja todas as lendas que ouvimos de sabedoria popular, e ,ainda que haja certa verdade nas informações acima, elas só o são pelo mau uso que se faz de um objeto, pois todo o objeto deste mundo pode ter um uso bom ou um uso ruim, não se deve levar todo um sistema por meio de lendas urbanas que se propagam pelo misticismo que elas podem esconder. As mesmas afirmações podem ser vistas pela ótica que a quantidade de informação é ampla e rica na internet, assim com as desinformações, que as pessoas se socializam até com pessoas de outros países nos dias atuais, sem sair de casa, e que as pessoas tem que ser ensinadas a corrigir seu próprio texto, seja na internet. Eu mesmo ainda encontro erros nos meus textos que estão sempre em reconstrução, creio que quem vem acompanhando essa insanidade percebe que escrevo melhor agora do que nas primeiras postagens, isso por que este ano eu tive uma epifânia e percebi que Escrever é preciso, Escrever é possível.
Só por meio da escrita é que propagamos nosso ideais, e até o questionamos se o que escrevemos é relevante sim ou não, ainda olho para o texto Wolverine achando que podia criticar mais, a re-escrita é parte da escrita e muitas vezes não tingimos aquele ponto de intersecção entre o sentido interno e aquilo que regurgitamos no papel, escrever é dar uma forma a um bloco de concreto, você trabalha até não conseguir mais olhar para aquilo e só depois que você tem noção da forma e se pergunta, é isso?. Se não é você volta a prancha do projeto verifica o que errou, apaga reescreve, muda uma palavra ou uma sentença inteira, não falo da escrita que simbolicamente “é dar asas a imaginação”, “libertar a alma”, que são eufemismos do trabalho cansativo e doloroso de se fazer entender, de escrever algo que seja relevante em seus termos essenciais.
Eu convido a quem partilhe dessa opinião a escrever, cada vez mais e sempre, pois ESCREVER É PRECISO. Quem quiser pode pegar essa imagem e divulgar, como a nova moda de selos que anda impregnando os blogs desde mundo querido. Mas no todo que levante a bandeira. Não tento motivar ninguém, somente partilhar minha revelação esperando humildemente que faça as pessoas escreverem... qualquer coisa, um hai-kai a uma tese de mestrado.
O próximo texto eu prometo que será a resenha do Anjos e Demônios, mas eu não preciso sempre escrever coisas sérias. Hoje é um dia de comemoração muito pessoal. Parabéns para o Blog. ViVA!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ESPAÇO: A FRONTEIRA INICIAL

Este é o reinício da franquia Star Trek, para conquistar novos fãs indo audaciosamente onde nenhum cinéfilo ou trekker jamais esteve e sem medo! Quando Nêmesis estreou nos cinemas há alguns anos, anunciando o fim da Nova Geração nas telas, com aquele filminho básico dos anos 90: Um episódio estendido para duas horas, com orçamento baixo e atores já utilizando cinta para esconder a idade e a aposentadoria precoce, e o filme era até legal, divertido, mas feito exclusivamente para os fãs! Aí eu tinha certeza que “Jornada nas estrelas” estava morrendo, e agonizando. Enterprise o spin-off daquele momento, não era lá emocionante, também feito para fãs, e era isso, se alguém quisesse fazer alguma coisa não iria fugir do básico, e eis que quando Jornada fazia 40 anos e não tinha nenhum projeto cinematográfico em andamento e nenhuma série na TV, começa a surgir um burburinho sobre um novo filme, e lá íamos nós para Jornada XI, que não era uma incursão da Deep Space Nine, nem da recente Enterprise,e sim o projeto de mostrar a Academia da Frota, com Kirk e Spock adolescentes. MEDO!
Para quem não lembra, foi assim que este projeto começou, e tinha certeza que o caminho era se tornar Bervely Hills 90210 in Vulcano, se não fosse o nome que acabou se envolvendo no projeto: J.J. Abrahms, o nome por traz do Lost, e que dirigiu uma nova face de Ethan Hunt, no recente Missão: Impossível.
Para quem não conhece, Star Trek é uma série do final da década de 60, que conta as viagens da nave Enterprise em sua exploração do espaço, tendo o intrépido e arrogante capitão Kirk, seu oficial de ciências Spock, um ser absolutamente lógico, apesar de ser meio humano e médico ranzinza McCoy que eu acho tão importante quanto os dois principais, em aventuras semanais na telinha. O diferencial de Jornada era ter história demais, e conseqüentemente era seu problema segundo a emissora que a cancelou depois de três temporadas, ao menos pensou pois desde essa época os 78 episódios são repetidos incessantemente, isso porque os fãs da década de 60, mais conhecidos como trekkers, adotaram uma espécie de religião pela série, alguns beirando o fanatismo.
Agora mexer no passado de uma série que tem esse background seria algo complicado de se fazer e eu pensei a princípio que o filme respeitaria tudo, faria uma incursão pela juventude e aventuras dos jovens personagens, ou seja, seria algo extremamente relevante, pois qualquer alteração no Universo perfeito do seriado iria ser uma chiadeira incrível, e estamos até tendo ela enfim... quando disse sem medo mais acima e porque Abrahms conseguiu o mais difícil, se livrar da em parte da mitologia da série. Estava brincando com a Bones esse dias, que a solução perfeita seria satisfazer todo mundo é criar um outro universo, onde Chekov pudesse existir antes da segunda temporada, Os romulanos já fossem conhecidos, o Kirk conhecesse o Spock antes do Capitão Pike assumir a Enterprise e etc. E não é que foi isso que ele pensou, e não poderia dizer que foi acertado, o espaço voltou a ser algo legal a ser explorado! E imprevisível!

O filme.
Começamos em uma sequência emocionante em que uma nave enorme sai de um vórtice e ataca a USS. Kelvin, nave da federação exploradora. A nave cargueiro romulana, destrói a USS. Kelvin, onde o pai de Kirk salva a vida dos tripulantes, servindo de escudo para a fuga das capsulas de fuga. Seu filho nasce nesse dia, seu nome James T. Kirk, a partir daí começa um efeito borboleta que muda todo o Universo de Jornada nas Estrelas em detalhes pequenos, até um fato explosivo (literalmente) que é um abalo para todo o trekker da galáxia.
O vilão volta depois de 25 anos, quando um tempestade magnética no espaço traz o outro viajante do tempo (um velho conhecido), que ele esperava para concretizar seu plano de ir destruindo tudo que se coloca no caminho. Completamente insano dimensional, mas esse tipo de vilão não é o mais básico se você quer fazer um estrago ?!
O vilão clichê é compensado pelo time que vai compor as poucos a tripulação da Enterpise NCC-1701, todos ótimos atores que encarnam a sua maneira os personagens icônicos, e tem um química perfeita em cena. Zoe Saldanha, faz a oficial de linguística Uhura, forte e determinada, tem uma paixão que deixara todos boquiabertos, Chekov, é um menino de 17 anos e é um gênio, Sulu é uma revelação, totalmente ativo vai tirar uma espada da manga quando for necessário (sim, uma espada), Scott aparece no final do filme e é louco, mas o ator que melhor encarnou foi Karl Urban(Cupido de Xena, Eomer dos Senhor dos anéis), com seu Leonard McCoy, uma encarnação da interpretação de DeForrest Kelley, um médico ranzinza, canastrão e satírico.
A dupla segura bem, o Kirk de Chris Pine, tem a mesma canastrice e arrogância de William Shatner, e o Spock de Zachary Quinto, muito mais emotivo e explosivo que seu xará da série clássica. Os dois juntos têm o time perfeito para a interação.
A direção combina sequências de ação ótimas, humor acidental que era uma característica da série, e um desenvolvimento pleno da história, em um ponto vai parecer um pouco forçado a trama do futuro mas tem explicação, os trekkers sempre conseguem.
Um filmaço para todas as idades, e vem mais por aí. O Futuro está apenas começando.

sábado, 9 de maio de 2009

LITERATURA: O FILHO DA MÃE, Bernardo Carvalho



“As quimeras são raras e os pastores nas montanhas as veem como mau agouro, porque põem a reprodução em impasse, fazem da reprodução uma monstruosidade”

No novo romance de Bernardo Carvalho a ação incrivelmente passa-se em São Petersburgo e seu pano de fundo é a guerra da Tchechênia! Sem nenhum resquício do regionalismo tradicional na Literatura Brasileira, salvo alguns coadjuvantes insignificantes como ponto de ligação à nossa cultura, o resto é tudo russo, o que significa que as questões abordadas são de ordem pessoal e não social. Sendo que estamos diante de um romance que trata basicamente da guerra, a desestruturação da família tradicional e do amor homossexual, isso é uma vitória contra a mesmice e mostra o alto nível de nosso condutor.
Estruturalmente complexo, disperso no espaço e em certo grau no tempo, vemos um mosaico que desmonta a concepção de família, onde há pais ausentes espiritualmente e fisicamente,  e quando presença patriarcal se manisfesta demonstra como o patriarcalismo produz mães castrada. O que gera filhos orfãos não só na psicologia, mas no mundo que os cerca, fadados a desgraça.
A guerra é somente um pano de fundo (o que é uma pena, pois se tivesse abordado o tema de que a guerra no ponto de vista da psicanálise, de que a guerra é uma masoquismo entre homens o romance enriqueceria ao extremo, mas no fim o livro não é meu...), em sua primeira parte “Trezentas Pontes”, vemos como uma vó, faz de tudo para tirar seu neto da guerra (emocionante). Ruslan então parte para encontrar sua mãe em São Petersburgo, sem ilusões mas com esperança. Ao encontra-la ele será completamente enxotado. A segunda parte “As quimeras” , acompanhamos outro orfão espiritual, Andrei, que tenta fugir da guerra sozinho, o dinheiro que propiciaria essa fuga é roubado por Ruslan, agora um ladrão. Aos poucos a relação dos dois vai encurtando, conforme o cerco se fecha sobre eles, da atração inicial eles evoluem para o amor incondicional, uma evolução interessante visto que não tendo uma família real, eles acabam encontrando sua família um no outro.
O epílogo deixa claro, utilizando a inteligente metáfora das quimeras, de qual é o destino de um amor impossível, principalmente quando o mundo o refuta.
Vale um Jabuti.

LITERATURA: BUDAPESTE, Chico Buarque

“Pensei em um cidade cinza, mas Budapeste é amarela (…) percebi em uma cidade cinza”

Não estou mais com livro por isso a citação pode não ser exata, uma vez que minha mente flutua, contudo escolhi-a pois exemplifica a estrutura do livro de Chico, um vai-e-vem constante. Ainda com relação a isso, Chico quis construir um alegoria do romance, com nos de fábula saramagiana e ecos de um situação kafkaniana, com a intenção oscilando entre admirar e criticar a língua, poesia e literatura como um todo, em uma prosa bonita e rebuscada, com reviravoltas e um humor satírico fino. A intenção é imensa e romance é pequeno. Há quem ame pelas várias alegorias contidas, eu achei irregular.
A história já revela, por si só, onde ele vai brincar: José Costa ganha dinheiro como ghost writter, ou seja ele escreve e outra pessoa recebe os créditos, lógico que isso vai dar errado em algum momento quando alguém fizer mais sucesso que o esperado, ele ficar fulo e destruir a vida, mas a gente continua pois parece que esse não é o eixo do romance, pois ele tem que passar um tempo em Budapeste devido a um pouso forçado, apaixona-se pela cidade, pela língua que até “o diabo respeita”, e pela língua de uma professora local. Assim acompanhamos pelos anos José Costa, ghost writter em declínio, marido idiota e pai ausente, e se duplo Zsosé Kosta, amante de Kriska, que por viver dividido entre não saber o que quer vai destruir sua subvida em Budapeste também.
Os coadjuvantes são todos planos, sem o mínimo de profundidade, mas o romance é uma alegoria da língua, das palavras, do sentido mutável e etc... o que é legal até, e em certos momentos é um lirismo lindo que invade as descrições como no encontro com o filho perto do fim do romance, ou como Kaspar escrevia nos corpos das amantes sua história, o problema é quando exagera e tenta demonstra por força a beleza de se aprender húngaro. Você chega a metade dizendo: Ok. Já entendi.
Até aí teríamos algo legal, bem escrito e irrelevante. O meu problema mesmo veio com o final tosco em que vai da miséria total para mais completa plenitude em meia página. Tudo pode acontecer mesmo, e ainda que bem bolado é clichê. Não chega nem perto de ser ruim, mas não é oitava maravilha que informam por aí e a capa é muito bem bolada.

LITERATURA: O FIO DAS MISSANGAS, Mia Couto


“... o homem estava caindo? Aquele gerúndio era um desmando nas graves leis da gravidade: quem cai, já caiu.”


Não! Ele está caindo. Um evento dito impossível que pode estar no sonho, mas o final do conto deixa claro que na escrita de Mia Couto tudo é possível, até mesmo pessoas que se demoram a cometer o derradeiro ato. Mestre em metáforas, e eme construir prosas que mais lembram poesias sem verso, brincriando com a última flor do Lácio. Essa é a primeira coletânea de contos que Cia. Das Letras publica, e tal qual Dalton Trevisan faz em sua obra com bem menos originalidade, Mia vai explorar o fértil terreno dos relacionamentos homem/mulher.
Lendas se misturam ao cotidiano, e um realismo fantástico dá vida casas inundadas pela dor, literalmente. Homens que desconhecem o fluir do tempo para envelhecer e dar continuidade a linhagem. A castidade é defendida pela razão e contra a natureza das paixões produzindo um resultado catastrófico em “Saia almarrotada”.
São contos de alta carga emocional, os temas são os mesmos abordados desde sempre: a procura da identidade moçambicana, a juventude contra a velhice, a tradição que briga com a transgressão, mas na escrita de Couto eles são sempre revestidos com imagens poderosas. Os últimos livros de Mia estão longe do humor de último voo do flamingo, ou da história mais centrada no social como Terra Sonâmbula, e nessa coletânea de 2004, o tom é a mesma melancolia de “Venenos de Deus”, com a diferença de aquele tinha um pé calcado na realidade e este é um voo de imaginação, os não familiarizados podem estranhar, os demais quando olhar para trás e ver uma casa afundando saberão que estão em casa.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Entre o sono e vigília

Há um filme do qual eu gosto muito desde que eu vi pela a primeira vez e desde então eu vejo sempre que posso, o motivo é de difícil explicação, ou tem várias explicações assim como o próprio filme se estrutura. As opiniões variam bastante, Ana do Bones achou que era um filme chato na qual a personagem era uma safada como todas as outras (?!), Matias achou ele simples, mas passou por cima de todas as sutilezas do filme, o que não significa que ele não entendeu, ele simplesmente ignorou as dificuldades o que é aceitável, Nicole achou uma viagem, Vanessa também apesar de dizer que precisa assistir outra vez por não ter entendido tudo, Kalebe até onde eu lembra não gosta do filme. O Nome da Rosa é Cidade dos Sonhos (2001).
Eu vou tentar fazer uma coisa impossível, e de quebra um crime com as belas artes, tentando explicar o filme e resumi-lo, na tentativa de elucidar o mistério em torno do multiplo recebimento que esta obra-prima (por que é para mim uma obra-prima) tem de sua audiência. Partindo desta premissa vamos a algumas premissas básicas: o diretor deste filme é David Lynch, que é um dos caras mais estranhos do planeta, seus filmes são carregados de surrealismo e o que complica a história de Mulholland Dr é fato de ser um filme esquisito , mas plausível durante 4/5 de projeção e mudar tudo em 1/5 final, quando digo tudo refiro-me a personagens, história, enredo (ou não).
Se você nunca viu o filme e não goste que estraguem a surpresa PARA DE LER AGORA! Se j´viu e ficou na dúvida se era isso mesmo aí vamos a minha tentativa de resumir o máximo que consigo o filme:
1° parte – Pessoas dançando ao som de discoteca. Uma câmera se dirige a um travesseiro vinho. Créditos. Um carro se dirige pela estrada. Jovem morena (Laura Harring) parece estar sendo leva por gangsters. Eles ameaçam ela para sair do carro. Um outro carro com jovens acerta o carro da protagonista. Ela saí cambaleando do carro e se dirige a cidade. Dorme em um gramado e entra em uma casa, durante essa travessia toda vez que ela descansa o filme corta para os seguintes flashes (homem estranho conta um sonho em restaurante Winkles, onde termina com um monstro do lado de fora do prédio, um assassino estabanado está procurando uma mulher morena, um casal de idosos chegam com uma jovem a Los Angeles). A jovem do flash é Beth (Naomi Watts) que é a jovem-mais-bondosa-de-toda-a-face-da-terra, vem para Los Angeles querendo ser atriz como a tida. Vai a casa da tia e encontra a Morena no chuveiro, acha que é amiga da tia e a deixa fica. A protagonista não lembra quem é, inventa um nome: Rita – Subtrama: O diretor de um filme é coagido a colocar em seu filme uma atriz, Camila Rhodes, que é protegida da máfia ao se recusar descobre a mulher o traí e que de repente ficou duro, o assassino continua nas ruas. Beth descobre que Rita é uma invasora, mas ela é a jovem-mais-bondosa-de-toda-a-face-da-terra, resolve ajudá-la descobrem que ela foi vítima de um acidente em Mulholland Drive, a estrada que dá nome ao filme.Descobrem uma bolsa com Rita cheia de dinheiro e uma chave, Rita lembra de mais um detalhe do passado um nome: Diane. Subtrama: O diretor é convencido por um cowboy a entrar no jogo de Hollywood. Beth vai fazer um teste muito estranho conhece o diretor da subtrama, ele seleciona Camila Rhodes, apesar de se sentir atraído pela imagem de Beth. As duas protagonista cada vez mais amigas resolvem procurar Diane, apesar do perigo da máfia esta espreitando (ou não), eles entram na casa dela e descobrem um corpo com a cabeça estourada. Rita com medo começa a usar peruca, e pensa em fugir. As duas vão para cama juntas e Beth descobre que está louca por Rita. Ita acorda em meio a noite falando espanhol. As duas vão a um clube em que nada é verdadeiro, tudo é imitação ou gravação, escutam llorando o que traz emoções profundas em Beth, e descobrem uma caixa azul na bolsa de Beth. Voltam pra casa, Beth some e Rita abre a caixinha a câmera vai para dentro desta que cai no chão para desaparecer com Rita.
2° parte – Diane (Naomi Watts) levanta de seu repouso, chorando e depressiva vê uma chave azul na mesa de centro, faz café e quando volta Camila Rhodes (Laura Harring) está deitada nua no sofá, a chave não está mais na mesa. Ela fazer sexo mas Camila não quer (Todas as passagens nessa arte são abruptas e rápidas). Camila discute com ela. Camila está discutindo a porta de aine. Diane sente ciúmes no cenário do filme do diretor. Diane é chamada para ir a Mulholland Dr. Lá Camila espera por ela e elas entram floresta. Uma festa (o cowboy está lá, e a primeira atriz que faz Camila também) em que Daine conta que ganhou um concurso de dança e tentou ir para Hollywood para ser atriz mas só conseguiu papéis pequenos por causa de Camila. Camila anuncia noivado com o diretor. Diane está no Winkles, paga o assassino para eliminar Camila, ele diz que quando acabar vai encontrar a chave azul. A chave azul está na mesa do centro. Diane mais depressiva. O monstro deixa cair a caixa azul. Criaturas saem dela, são os idosos. Diane grita. Os idoso entram na casa dela pelas frestas da casa. Cena de terror, eles avançam nela. Diane desesperada pega uma arama e acerta a própria a cabeça. Tudo vira fumaça. Moça do clube fala “Silentio”. O filme acaba.
Há 3 interpretações possíveis: a mais tradicional, o contraponto desta, e a minha.
1° interpretação – Os primeiros 4/5 do filme são o sonho distorcido de Diane depressiva de uma juventude em que ela era cheia de sonhos, sua paixão por Rita/Camila e uma possível conspiração que acabou com sua carreira, sendo assim o sonho é a primeira parte e a realidade a segunda. Plausível, mas do jeito que é filmado a segunda parte é que parece ser o sonho com os cortes abruptos e condensação máxima da história.
2° interpretação – Os primeiros 4/5 da história estão acontecendo com uma Camila amnética e seu caminho para encontrar a cainha azul é simbólico para que ela entenda o que aconteceu, assim a caixinha é a representação do conhecimento a ser adquirido por ela de quem é e do porque isso aconteceu com ela. O que também não pressupõem que Beth exista. Não resolve muita coisa.
3° interpretação – a minha – NÃO INTERESSA! Como uma pintura surrealista, ou poema, tentar achar o rela dentro do filme é ilusório. É um sonho coletiva. Para mim as duas partes são sonhos. Todos que assistiram tem uma noção da história principal, mesmo passando por cima de todos os problemas que Lynch coloca (Matias não notou que Beth e Daine sã a mesma atriz, isso facilitou para ele, pois o grande problema Naomi Watts fazer dois personagens, isso é o que confunde pois implica que são a mesma pessoa e vira tudo de ponta cabeça, tempo-espaço-história), ou seja o diretor consegue fragmentar a historiar em subhistórias e sonhos dentro de sonhos para construir ainda sim um caminho narrativo que é perceptível.
Para terminar meu crime contra o filme eu vou esboçara ele como filme real e não como a mais perfeita composição surrealista dentro da sétima arte:
Rita/Diane chega em L.A para ser atriz, depois de muito tentar perde o papel principal para Camila (que pode ter outras influências) acaba se apaixonando e tendo um caso com ela, mas ela vira uma grande atriz (ou seja vida normal), descarta diane/beth para casar e seguir a carreira apesar de amá-la. Diane contrata alguém para matá-la e no auge da depressão e culpa se mata. Enquanto isso Camil/Rita pode ter sobrevivido (ou não) e procura uma solução para sua amnésia que pode incluir um Beth/Diane imaginária.
Sim, é um crime. Não vamos entrar em uma discussão mais aprofundada vide que essa é minha matéria mais longa, nem apontar como ele é uma crítica de Hollywood, e do começo-meio-e-fim. Mas só queria demonstrar o principal motivo de minha admiração pelo filme.
Silentio

segunda-feira, 4 de maio de 2009

ESQUECIDOS: OS VIVOS E OS MORTOS (1987)


James Joyce foi o maior modernista na literatura mundial, talvez seja exagero mas acredito com convicção nisso, caso queira diminuir o parâmetro poderia dizer da literatura inglesa, ou para acertar em cheio pode evocar a literatura irlandesa cujos os nomes importantes podem ser contados nos dedos. John Huston foi um dos maiores diretores americanos, passando por basiacamente todas as fases cinematográficas até sua morte em 87. Inauguro um novo tópico resgatando essa combinação improvável, o escritor hermético com o diretor idoso produziu uma obra inigualável.

Baseado no conto que fecha Dubliners, livro de contos de Joyce e provavelmente o conto mais importante do livro inteiro: The dead, é uma crítica suave a burguesia irlandesa de Dublin e um relato mórbido da remoer do passado no presente. John Huston já perto da morte em 87, e ainda sim trabalhando lapida cada frame em um belo relato, extremamente pessoal desse tema.

Basicamente é uma festa na qual o casal interpretado por Angelica Huston e Donal Mccain, respectivamente Gabriel e Gretta Conroy, vão a uma festa de aniversário para saudar os amigos e entre conversas superfluas, e outras politicamente engajada, um conflito entre o casal se desenvolve em emio ao silêncio, somente quebrado pela confissão de uma amor de verão da senhra Conroy ao marido já tarde da noite em uma Dblin cada vez mais soterrada pelo frio. Não é necessário dizer que nessa cena Angelica dá um show de atuação, assim como m sua descida pela escada escutando a música responsável pelas lembrança e, por consequência, por ressucitar o passado em que ela ganha o filme de todos os atores. Mas é um filme de grandes cenas, Huston preenche cada espaço dos curtos 90 minutos, destaque para a canção que uma das senhorinhas interpreta, transmite toda a pateticidade do momento, toda a limitação da idade e talvez toda a angústia do filme.

A confissão de Gretta é o que há de mais puro em termos de sentimento dentro do filme, é uma contraparte a um filme que se constitui pelo distanciamento estilístico, por uma contemplação de uma sociedade que está mais morta que viva, e neve caindo sobre Dublin é metaforição da palisia da vida, o que Joyce buscava com seu primeiro livro.

Nenhuma obra do Joyce foi melhor tradzida e espero que com esse nvo tópico eu traga os filmes quase mortos, mais um vez ao lugar da destaque que eles merecem.

sábado, 2 de maio de 2009

X-MEN ORIGEM: WOLVERINE





A temporada de blockbusters começou. e se ano passado ela foi aberta pelo Homem-de-ferro, uma agradável surpresa para todos os afixionados por quadrinhos, esse ano ela começa com Wolverine tendo seu misterioso passado revelado. Se o Tony Stark é unanimidade de 9 entre 10 nerds, o filme de Gavin Hood vai dividir opiniões de todo amante de cinema e quadrinhos no mundo. Isso por que a cine-série dos X-men, têm diversos tipos de fãs: Temos os fãs dos X-men das telas e os fãs de filmes de ação que vão gostar do filme, principalmente porque resgata a história que poderia ter se perdido no Confronto Final, temos as fãs dede Hugh Jackman que... não precisam necessariamente gostar da história, e temos os fãs hard core do quadrinho, como este que vos fala, que vão ver os mesmo defeitos e acertos da cine-série novamente, ainda que fiquem satisfeito com o resultado, ainda haverá aquela sensação de que poderíamos ter um filme melhor.
Meu ranking das adaptações das adaptações mutantes em outra mídia está assim;
1° - X2; The animated series
2° - X-men – o filme; Wolverine
3° - Todos os outros desenhos chatos .
5° - O confronto final.
Separando o crítico cinema do fã, o terceiro filme é fraco de história, com direção confusa, visualmente feio e sem ritmo, acrescentando o fã, é uma história estranhíssima, em que matam metade dos personagens e tiram os poderes da Vampira! (nota 6) A cine-série, ainda que rentável, parecia ter morrido, quando assisti o trailer do filme em questão imaginei um último caça-níquels para enterrar de vez, fico surpreso que seja um filme bem mais redondo do que os que foram apresentados até então e com a possibilidade de um reboot. O culpado, é o mesmo que atraiu o diretor sul-africano Gavin Hood: O roteiro.
A história acompanha a trajetória de James Howlet, vulgo Logan (um motivo que ficou inexplicável, mas vamos relevar) partindo da premissa do quadrinho Origem, mas só partindo, veremos que a história se passa em um presente bem real, e é o embate deste personagem entre sua personalidade violenta e o relacionamento com o irmão Victor Creed, o Dentes-de-Sabre. Eles passam por todas as guerras americanas durante os letreiros, acabam se juntando a uma equipe do governo chefiada por William Stryke, que tem dentre outros desconhecidos o Wade Wilson, e o Blob. A crescente brutalidade de Creed o faz se afastar, assim como a equipe isso é a premissa inicial, 6 anos vários eventos ocorrem para fazer Logan concordar colocar o adamantium no corpo, incluindo o assassinato de vários membros da equipe por Victor e a morte da namorada de Wolvie. Lógico que tudo caminhara para expor Striker como um grande vilão, sendo o Dentes-de-Sabre seu cãozinho, mas o filme guarda algumas surpresas para seu final que logicamente não serão expostas aqui, incluindo a participação inteligente de Scott Summers e Emma Frost n trama. Outro destaque é que o filme se passa possivelmente 10 ou 15 anos antes do primeiro e não na década de 60, 70 como era imaginado o que faz com que a existência de personagens como a Rainha Branca, Gambit não prejudique o universo dos x-men.
Outro ponto forte são os coadjuvantes do filme: Liev Schneider dá um show com seus Dentes de Sabre, muuuuuuuuuuuuito que aquele desconhecido, que eu não vou nem procurar o nome para citar, no primeiro filme, o que infelizmente traz uma falha, uma vez que a falta de personalidade e intimidade no confronto com o Wolvie vai ficar sem sentido! O Gambit tem pouco tempo na tela, mas É o Gambit. O destaque fica também pela curta, porém quase um encarnação do falastrão Wade Wilson, que é Deadpool dos quadrinhos, porém é o calcanhar de Aquiles do filme como fã.
O cinéfilo que não lê x-men, o cara que gosta de filme de ação, as fãs de Hugh Jackman, quem só conhece a cine-série não vai notar, mas para um fã de certo personagem não gosta de ver um personagem ser estragado em sua transposição. O Deadpool do Ryan começa ótimo mas é completamente destruído, em uma função puramente lógica, mas é mais um personagem ótimo do universo de x-men que é morto, perde os poderes ou é muito mal aproveitado que vai as telas, se é para fazer isso crie um só para o filme! Não vou entrar em maiores detalhes ou eu vou dar o spoiler de todo o filme.
Fã de quadrinho à parte, o filme é bom para se ver no cinema e vale seu ingresso, apesar de viver criticando a cine-série por essas gafes, ainda sou um dos primeiros na fila do cinema e esse filme já um pequeno gancho para First class, próximo projeto que vai mostrar os primeiros dias de Jean, Scott e Ororo.
Nota: 8